Fiscais são insuficientes para cobertura do país
O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) está preocupado com a insuficiência de fiscais para garantir uma inspecção eficiente aos mercados e estabelecimentos comerciais em todo o território nacional, segundo a directora-geral da instituição, Paulina Semedo. Fa-lando à imprensa, à margem de uma acção de formação de fiscais do INADEC consagrada à “Higiene e Segurança Alimentar”, Paulina Semedo referiu que, para cobrir as várias províncias, existem apenas 120 técnicos, 60 dos quais em Luanda. “Esse é um número manifestamente inferior para aquilo que são as exigências de uma fiscalização eficaz”, sublinhou, notando que há províncias onde a situação é muito preocupante, como o Uíge, que, com 16 municípios, conta apenas com um efectivo de cinco.
“O caso está a ser estudado para se adequar o quadro de pessoal do INADEC ao estatuto orgânico dos demais institutos públicos”, esclareceu Paulina Semedo, nutricionista, que advertiu para a observância de normas de higiene nos produtos para o consumo alimentar. Insistiu na necessidade de se evitar a mistura de alimentos “pronto a consumir”, como enchidos, queijos e iogurtes com a carne, frangos e outros frescos.
Paulina Semedo recordou que a não observância das regras de higiene e segurança alimentar leva a sérios problemas de saúde que podem começar com uma intoxicação alimentar e evoluir para situações mais graves, como vómitos e diarreias.
O processo de formação de fiscais do INADEC iniciou em Março e pretende dotar os profissionais de conhecimentos sobre as regras básicas de higiene e segurança alimentar a observar pelo mercado.