Jornal de Angola

Fiscais são insuficien­tes para cobertura do país

- Victorino Joaquim

O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) está preocupado com a insuficiên­cia de fiscais para garantir uma inspecção eficiente aos mercados e estabeleci­mentos comerciais em todo o território nacional, segundo a directora-geral da instituiçã­o, Paulina Semedo. Fa-lando à imprensa, à margem de uma acção de formação de fiscais do INADEC consagrada à “Higiene e Segurança Alimentar”, Paulina Semedo referiu que, para cobrir as várias províncias, existem apenas 120 técnicos, 60 dos quais em Luanda. “Esse é um número manifestam­ente inferior para aquilo que são as exigências de uma fiscalizaç­ão eficaz”, sublinhou, notando que há províncias onde a situação é muito preocupant­e, como o Uíge, que, com 16 municípios, conta apenas com um efectivo de cinco.

“O caso está a ser estudado para se adequar o quadro de pessoal do INADEC ao estatuto orgânico dos demais institutos públicos”, esclareceu Paulina Semedo, nutricioni­sta, que advertiu para a observânci­a de normas de higiene nos produtos para o consumo alimentar. Insistiu na necessidad­e de se evitar a mistura de alimentos “pronto a consumir”, como enchidos, queijos e iogurtes com a carne, frangos e outros frescos.

Paulina Semedo recordou que a não observânci­a das regras de higiene e segurança alimentar leva a sérios problemas de saúde que podem começar com uma intoxicaçã­o alimentar e evoluir para situações mais graves, como vómitos e diarreias.

O processo de formação de fiscais do INADEC iniciou em Março e pretende dotar os profission­ais de conhecimen­tos sobre as regras básicas de higiene e segurança alimentar a observar pelo mercado.

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DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Directora-geral lamenta falta de fiscais para vigiar o mercado

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