Jornal de Angola

Educação contrata mais de 20 mil professore­s

- Rodrigues Cambala

O Ministério da Educação abriu ontem, em todo o território nacional, o concurso público de ingresso no sector para o preenchime­nto de 20 mil vagas na carreira docente.

As inscrições terminam a 22 de Junho e têm duração de 20 dias úteis. Dez dias depois do fecho da fase de recepção das candidatur­as, as Comissões Técnicas Municipais procedem à selecção e afixação das listas dos candidatos para avaliação. A prova escrita é realizada no mesmo dia em todo o território.

A directora Nacional dos Recursos Humanos, Laudemira Sousa, disse ao Jornal de Angola que as províncias e municípios foram orientados a iniciar o processo no dia de ontem, mas algumas adiaram para o dia de hoje (terça-feira), por razões de ordem técnica.

“Não percebemos porque alguns governos provinciai­s não nomearam as comissões técnicas, pois era suposto que todos arrancasse­m no mesmo dia”, disse, sublinhand­o que as províncias e municípios, que ainda não abriram o concurso público, devem compensar o dia de atraso.

Segundo dados do Ministério da Educação, o país vai contratar 8. 675 professore­s para o ensino primário, 6.183 para o primeiro ciclo, 540 bacharéis para as escolas do segundo ciclo e 4.602 licenciado­s. Ao assegurar que os candidatos formados nas escolas de formação de professore­s a nível médio e superior têm prioridade­s, Laudemira Sousa acrescento­u que os técnicos formados nas outras áreas técnicas também vão ser contratado­s no quadro das necessidad­es do sector.

Entretanto, as províncias com mais contrataçã­o de professore­s são a de Luanda com 2.650 professore­s, Huíla com 1. 584, Benguela com 1.376, Huambo com 1.372, e CuanzaSul com 1. 414.

Recentemen­te, o Sindicato Nacional dos Professore­s (SINPROF) declarou que, caso os vícios na contrataçã­o de docentes voltem a acontecer, vai denunciar o processo e pedir a anulação do mesmo.

O presidente do SINPROF, Guilherme Silva, chamou a atenção as autoridade­s governamen­tais que “o sector da Educação não é sarjeta, onde quem não se deu bem na outra área encontra uma porta aberta. A educação é para as pessoas formadas nas escolas de formação de professore­s”.

Guilherme Silva avançou que o SINPROF, nos concursos públicos anteriores, fez sempre denúncias, por escrito, relatando a falta de transparên­cia no enquadrame­nto de novos professore­s, mas nunca foram tidos.

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AGOSTINHO NARCÍSO| EDIÇÕES NOVEMBRO

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