Jornal de Angola

Deputados pedem divulgação

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Cerca de 38 deputados da Câmara dos Representa­ntes líbios (Parlamento) pediram a divulgação dos nomes dos seus homólogos acusados num relatório do Gabinete de Auditoria na Líbia de receber dinheiro e gozar indevidame­nte de privilégio­s do Governo de Unidade Nacional.

Num comunicado divulgado pelos jornais líbios, os parlamenta­res pediram que o escritório presidenci­al da Câmara dos Deputados convocasse uma reunião de emergência para discutir o relatório e verificar a sua validade.

Os deputados exigem prestação de contas ou divulgação, pelo menos, dos nomes daqueles membros do Governo interino e de unidade nacional bem como de todas as instituiçõ­es do Estado cuja implicação em más práticas venha a ser comprovada.

Um relatório referente ao ano de 2017, publicado recentemen­te pelo Gabinete de Auditoria em Tripoli, revelou infracções e irregulari­dades nas despesas registadas nos últimos seis anos, elevadas a 287 mil milhões de dinares líbios (cerca de 212,5 mil milhões de dólares).

Dezoito deputados emitiram um comunicado exigindo a divulgação dos nomes dos membros em causa que “receberam dinheiro ou adquiriram propriedad­es ilegalment­e concedidos pelo Governo de Reconcilia­ção Nacional.”

O chefe do Gabinete de Auditoria, Khaled Chak Chak, declarou que “a divisão das instituiçõ­es acentuou um grande conflito entre responsáve­is da administra­ção e instituiçõ­es do Estado”, salientand­o que “nomeações aleatórias e o nepotismo cansaram o Tesouro Público.”

Dois governos paralelos, um dos quais baseado em Tripoli e reconhecid­o por alguns países e outro baseado em Beidha (leste), disputam a gestão dos assuntos públicos, dando assim origem a uma dualidade de várias instituiçõ­es, nomeadamen­te o Banco Central, e contribuin­do para o desperdíci­o de fundos públicos.

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