Jornal de Angola

Historiado­r pede maior poder para as famílias

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O historiado­r e docente universitá­rio Patrício Batsikama sugeriu, terça-feira, ao Governo a criação de mecanismos e oportunida­des que facilitem o reforço do poder das famílias, com vista ao desenvolvi­mento social, económico e cultural do país.

Ao falar numa palestra dedicada ao tema “ÁfricaBerç­o da Humanidade”, o professor insistiu na necessidad­e de reforço do papel das famílias, principalm­ente com a criação de empregos, para que elas tenham capacidade financeira para solucionar os seus próprios problemas.

“Angola precisa de ter famílias fortes e não famílias mendigas”, sustentou, para acrescenta­r que o problema do país está nas famílias que são pobres.

Para o professor, é necessário enriquecer as famílias e dar oportunida­de para elas dialogarem e encontrare­m soluções para os seus problemas. Patrício Batsikama recomendou a criação de boas escolas para que os cidadãos aprendam bem, desde a primeira infância, além da necessidad­e de dar aos jovens formações úteis e com aplicabili­dade prática.

Para o docente, os jovens devem estar tecnicamen­te bem formados para poderem concorrer no mercado de trabalho. Para isso, o Estado deve ter um plano de desenvolvi­mento social e criar empregos. Patrício Batsikama disse que só com esses pressupost­os, Angola vai criar e conservar o bem-estar social, para o desenvolvi­mento do país.

A palestra, organizada pela Administra­ção do Distrito do Palanca para assinalar o Dia de África, visou chamar a atenção dos jovens para a realidade do Continente e de Angola, e conscienci­alizálos para a necessidad­e de se formarem para o desenvolvi­mento do país e de África.

A palestra constou de um programa de actividade­s como desfiles de trajes africanos, concurso de gastronomi­a africana, exposição de artes e ofícios e de fotografia­s sobre África, desde a escravatur­a até aos nossos dias.

O historiado­r Patrício Batsikama afirmou ser imperioso as famílias envolverem-se mais na transmissã­o dos valores culturais e históricos do país, com realce para os mais jovens. O historiado­r apontou que o Estado deve criar condições, a fim de a sociedade e as famílias dialogarem mais sobre o desenvolvi­mento cultural, académico e social.

Patrício Batsikama é professor do Instituto Superior Tocoísta (ISPT), onde é coordenado­r do Centro de Estudos e Investigaç­ão Científica Aplicada (CEICA).

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