Crianças mais envolvidas em programas infantis
O Executivo vai trabalhar juntamente com os órgãos de informação para a criação de programas infantis concebidos e escolhidos por crianças, garantiu ontem, em Luanda, o secretário de Estado da Comunicação Social.
Celso Malavoloneke, falava na sessão de abertura do ciclo de palestras sobre a Jornada da Criança enquadrada no âmbito do 42.º aniversário do Centro de Imprensa Aníbal de Melo, na presença de centenas de alunos da escola Ekuiku II, do ensino geral, da província de Luanda.
O secretário de Estado anunciou que o Ministério da Comunicação Social em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), vai realizar uma acção de formação destinada a apresentadores de programas infantis e com aqueles que possuem talentos do género.
Na abordagem do tema “A Criança e a Comunicação Social Cultural e Desporto”, Celso Malavoloneke considerou importante que as crianças exprimam que tipo de programa querem ver e ouvir nas televisões, rádios e jornais.
Celso Malavoloneke salientou que entre os 11 Compromissos da criança, assumidos pelo Governo angolano, o Ministério da Comunicação Social tem em atenção o décimo compromisso que versa sobre a protecção à criança, garantindo deste modo o direito à protecção da imagem destas.
A consultora da ministra da Cultura Josina de Carvalho disse que a maior parte das crianças angolanas não fala as línguas maternas, devido a influências dos progenitores e outras ligadas a complexos de inferioridade, ou por aculturação.
Josina de Carvalho disse que Ministério da Cultura está a trabalhar no sentido de promover as línguas nacionais, tendo em conta o plano de desenvolvimento cultural a ser implementado no país.
Ao abordar o tema “A Criança e a Cultura na Comunicação”, Josina de Carvalho deu a conhecer que o país tem escassez de professores especializados em línguas nacionais, sublinhando ser importante preservar a nossa identidade cultural, “sem vergonha de falar a língua materna”.
Josina de Carvalho disse ser importante que as crianças conheçam a História de Angola, efectuando visitas aos museus, monumentos e sítios, ler livros e revistas e conversar com os mais velhos para o conhecimento das suas origens.