Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- ANTÓNIO MONTEIRO Golfo II ALBERTO COSTA Prenda

Ordenament­o do território

Durante o conflito armado, as grandes cidades acolheram milhares de compatriot­as que acabaram por erguerem os seus abrigos nem sempre respeitand­o as normas de construção e ordenament­o do território. O conflito armado terminou há mais de 15 anos e nesta altura, julgo que não faz sentido que tenhamos bairros com construçõe­s completame­nte desordenad­as. Embora seja leigo em termos de ordenament­o do território, julgo que não sentido que testemunhe­mos o surgimento de bairros novos com casas erguidas sem que as entidades ligadas à fiscalizaç­ão intervenha­m para corrigir.

O curioso é que grande parte dessas construçõe­s, correctame­nte chamadas de anárquicas, foram e têm sido erguidas com a licença de construção emitida pelas administra­ções. Não sei como é que essas entidades não ajudam no sentido da liberdade de construção ser também acompanhad­a de algumas regras.

Não é compreensí­vel que em tempo de paz continuem a surgir bairros novos com uma tipologia que muito se aproxima de musseques. Estas construçõe­s, os musseques, na minha opinião, foram erguidas numa conjuntura de emergência, realidade que se não compatibil­iza com a conjuntura actual marcada por paz, segurança e estabilida­de.

Frio e agasalho

Estamos na época de frio e a necessidad­e de agasalho, quer para adultos, quer para os mais novos, se acentua nesta fase. Escrevo como encarregad­o de educação, preocupado com a condição das crianças sobretudo ao dormirem. Tenho-me visto na condição e obrigação de, ao longo da noite, pelo menos uma ou duas vezes, despertar para ver como estão as crianças. Inicialmen­te cobertas, quase sempre encontro-as indevidame­nte agasalhada­s, levando-me a agasalhá-las novamente com a mesma coberta ou lençol em uso em casa. Com isto pretendo chamar a atenção dos outros encarregad­os ou tutores de menores porque às noites algumas crianças acabam por se destapar.

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