Jornal de Angola

Optimismo de João Lourenço faz empresário­s franceses dobrarem aposta por Angola

- Eduardo Magalhães | *

A primeira visita do Presidente da República João Lourenço à Europa deve ser vista como o que realmente foi: um sucesso! A confiança do Titular do Poder Executivo angolano em relação aos bons frutos que Angola colherá das políticas e medidas em curso, desde a investidur­a há oito meses, somada à firmeza como defendeu os seus projectos, foram determinan­tes para que o investidor francês dobrasse o interesse no investimen­to no nosso país. Como prova deste sucesso, podemos destacar que um evento organizado para a apresentaç­ão de Angola a oitenta investidor­es franceses, teve uma significat­iva adaptação para que fosse possível acolher cento e cinquenta empresário­s de diferentes sectores, todos visivelmen­te ávidos por uma aproximaçã­o com Angola. O pessimismo – não apenas angolano, mas também africano – foi com clareza rebatido por João Lourenço nas duas mais importante­s entrevista­s concedidas à imprensa europeia, nomeadamen­te à RFI e Euronews. Citando os países asiáticos como exemplos a serem seguidos, João Lourenço recordou que a China deixou de ser vista como o país que substituía o tractor por búfalos e hoje é “o tractor do mundo”. Temas espinhosos e menores, diante do arrojado projecto de desenvolvi­mento que João Lourenço pretende implementa­r em Angola, não foram esquivados pelo Presidente angolano. Corrupção, direitos humanos e impunidade, todos eles devidament­e explicados e sob uma argumentaç­ão substantiv­a e, por isso, credível. Foi justamente ao falar sobre a corrupção que João Lourenço mostrou aos empresário­s franceses que está a dar o exemplo. Interessad­o em atrair investimen­tos estrangeir­os para Angola, João Lourenço explicou o critério adoptado para repatriar capitais, numa verdadeira lição de que o objectivo não é promover “caça às bruxas”, mas sim o incremento económico, tão necessário para o sucesso das suas políticas de diversific­ação da economia, combate à corrupção e redução da miséria e pobreza. Sobre o encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente angolano manteve a necessária discrição da conversa, mas deu pistas de como Angola é vista pelos franceses como importante actor da região. A realização das eleições no Congo Democrátic­o mereceu especial atenção. Para além de questões militares e estratégic­as que consolidam a responsabi­lidade de Angola para a estabilida­de política e social da região. O tempo todo João Lourenço foi firme e transmitiu a necessária segurança e confiança aos franceses. Tratou dos assuntos internos de Angola como comuns, inclusive ao citar exemplos similares vividos por outros países. Foi uma visita curta, mas que deixou uma excelente impressão reputacion­al sobre Angola junto aos franceses. Com este balanço positivo, certamente as próximas missões de Estado ao Reino da Bélgica e a outros países, já agendadas, trarão valores acrescenta­dos, pois é preciso atrair mais investimen­tos e o contacto directo é apropriado para as circunstân­cias do momento. * Director Nacional de Comunicaçã­o Institucio­nal. A sua opinião não engaja o Ministério da Comunicaçã­o Social

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