Optimismo de João Lourenço faz empresários franceses dobrarem aposta por Angola
A primeira visita do Presidente da República João Lourenço à Europa deve ser vista como o que realmente foi: um sucesso! A confiança do Titular do Poder Executivo angolano em relação aos bons frutos que Angola colherá das políticas e medidas em curso, desde a investidura há oito meses, somada à firmeza como defendeu os seus projectos, foram determinantes para que o investidor francês dobrasse o interesse no investimento no nosso país. Como prova deste sucesso, podemos destacar que um evento organizado para a apresentação de Angola a oitenta investidores franceses, teve uma significativa adaptação para que fosse possível acolher cento e cinquenta empresários de diferentes sectores, todos visivelmente ávidos por uma aproximação com Angola. O pessimismo – não apenas angolano, mas também africano – foi com clareza rebatido por João Lourenço nas duas mais importantes entrevistas concedidas à imprensa europeia, nomeadamente à RFI e Euronews. Citando os países asiáticos como exemplos a serem seguidos, João Lourenço recordou que a China deixou de ser vista como o país que substituía o tractor por búfalos e hoje é “o tractor do mundo”. Temas espinhosos e menores, diante do arrojado projecto de desenvolvimento que João Lourenço pretende implementar em Angola, não foram esquivados pelo Presidente angolano. Corrupção, direitos humanos e impunidade, todos eles devidamente explicados e sob uma argumentação substantiva e, por isso, credível. Foi justamente ao falar sobre a corrupção que João Lourenço mostrou aos empresários franceses que está a dar o exemplo. Interessado em atrair investimentos estrangeiros para Angola, João Lourenço explicou o critério adoptado para repatriar capitais, numa verdadeira lição de que o objectivo não é promover “caça às bruxas”, mas sim o incremento económico, tão necessário para o sucesso das suas políticas de diversificação da economia, combate à corrupção e redução da miséria e pobreza. Sobre o encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron, o Presidente angolano manteve a necessária discrição da conversa, mas deu pistas de como Angola é vista pelos franceses como importante actor da região. A realização das eleições no Congo Democrático mereceu especial atenção. Para além de questões militares e estratégicas que consolidam a responsabilidade de Angola para a estabilidade política e social da região. O tempo todo João Lourenço foi firme e transmitiu a necessária segurança e confiança aos franceses. Tratou dos assuntos internos de Angola como comuns, inclusive ao citar exemplos similares vividos por outros países. Foi uma visita curta, mas que deixou uma excelente impressão reputacional sobre Angola junto aos franceses. Com este balanço positivo, certamente as próximas missões de Estado ao Reino da Bélgica e a outros países, já agendadas, trarão valores acrescentados, pois é preciso atrair mais investimentos e o contacto directo é apropriado para as circunstâncias do momento. * Director Nacional de Comunicação Institucional. A sua opinião não engaja o Ministério da Comunicação Social