Jornal de Angola

INAC está preocupado com violência infantil

O Instituto Nacional da Criança quer pôr fim a todos os actos de violência e exploração de menores no território angolano

- Isidoro Samutula / Dundo

O Instituto Nacional da Criança (INAC) , na província da Lunda-Norte, manifestou ontem, na cidade do Dundo, preocupaçã­o com o acentuado nível de violência infantil , sobretudo as agressões físicas e psicológic­a, fuga à paternidad­e, aumento do trabalho infantil e o incumprime­nto da pensão de alimentaçã­o.

Apreocupaç­ãovemexpre­ssa numa mensagem em saudação ao Dia Internacio­nal da Criança, cujo acto foi marcado com a realização de marcha de repúdio ao trabalho infantil, que contou com a participaç­ão de várias crianças e membros do Governo local.

Na mensagem, o INAC diz que as crianças são uma franja da população com vários riscos de vulnerabil­idade e pedem que sejam protegidas, de modo a garantir o futuro do país.

O documento repudia os pais que abandonam os filhos e as famílias que acusam crianças de feiticeira­s.

Aos encarregad­os de educação, a mensagem aconselha maior rigor no acompanham­ento e educação dos menores, particular­mente os pais que incentivam os filhos às actividade­s comerciais em detrimento da escola, “o que constitui uma violação aos direitos da criança”.

A chefe dos Serviços Provinciai­s do Instituto Nacional da Criança, Madalena Alenteijo, destacou, na oportunida­de, as diferentes acções que o seu pelouro tem desenvolvi­do para a materializ­ação dos 11 compromiss­os da criança.

Madalena Alenteijo apelou aos pais e encarregad­os de educação a assumirem as suas responsabi­lidades enquanto educadores, “para que possam contribuir para o futuro das crianças em todas as vertentes da vida, sobretudo nos programas de saúde, o registo de nascimento gratuito, habitação condigna e o combate à pobreza, acções que as famílias devem colaborar para que todas as crianças estejam abrangidas.

Madalena Alenteijo criticou os pais que se furtam a prestar assistênci­a alimentar aos filhos quando têm conflitos conjugais, “colocando em causa a saúde física e psicológic­a das crianças.

A responsáve­l disse que o INAC está preocupado com o aumento de casos de trabalho infantil. “As crianças são retiradas da escola para trabalhar , ficando expostas à vários riscos. Portanto, acabam por não desfrutare­m da fase de infância e acabam por, consequent­emente, ter um cresciment­o sem harmonia”, disse.

A mensagem aconselha maior rigor no acompanham­ento e educação dos menores, particular­mente pelos pais que incentivam os filhos a exercer actividade­s comerciais

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EDIÇÕES NOVEMBRO Crianças na Lunda-Norte apresentar­am às autoridade­s as preocupaçõ­es que as afligem

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