Jornal de Angola

Mil milhões de dólares para a produção de gás

- João Dias

A petrolífer­a norte-americana Chevron vai investir mil milhões de dólares no desenvolvi­mento de uma linha de conexão, no município do Soyo, para fornecer gás natural liquefeito ao projecto Angola LNG. A garantia foi dada ontem, em Luanda, pelo presidente da companhia, Mike Wirth, à saída de uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço. Ontem de manhã, a delegação da Chevron analisou com a direcção da Sonangol os termos do contrato e a filosofia de implementa­ção do projecto. Mike Wirth, que está em Luanda para comemorar o 65º aniversári­o da companhia em Angola, aproveitou a ocasião para expressar o seu respeito “pela forma assertiva como o Presidente da República, João Lourenço, olha para a indústria petrolífer­a”. Lançado em 2007, o projecto Angola LNG reúne, além da Chevron (36,4 por cento), a Sonangol (22,8 por cento), a britânica BP Exploratio­n (13,6 por cento), a italiana Eni (13,6 por cento) e a francesa Total (13,6 por cento).

A Chevron vai investir mil milhões de dólares numa linha de conexão, no município do Soyo, para fornecer gás ao projecto Angola LNG. A garantia foi dada ontem, em Luanda, pelo líder da companhia, Mike Wirth, à saída de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, João Lourenço.

Mike Wirth garantiu que a petrolífer­a vai continuar a dar grande ênfase na produção de gás no país. Ontem, pela manhã, a delegação da petrolífer­a norte-americana analisou, com a Sonangol, os termos do contrato e a filosofia de implementa­ção do projecto. “Aguardamos uma e outra aprovação da parte da Sonangol, no que diz respeito aos contratos de engenharia”, disse Mike Wirth, que ocupa o cargo de presidente do Conselho de Administra­ção da petrolífer­a desde Fevereiro.

Mike Wirth está em Luanda para comemorar o 65º aniversári­o da companhia em Angola e aproveitou a ocasião para expressar o “respeito pela forma assertiva como o Presidente da República olha para a indústria petrolífer­a”.

Durante a audiência, foram abordados diversos temas relacionad­os com a indústria petrolífer­a, os desafios e as oportunida­des de investimen­to em Angola. Mike Wirth manifestou também o interesse em sondar juntamente com a Sonangol oportunida­des adicionais capazes de fortalecer a parceria existente.

O presidente da Chevron falou da necessidad­e de, cada vez mais, empresas do sector a nível mundial optarem pela optimizaçã­o nas suas operações. “Estivemos a ouvir as ideias do presidente do Conselho de Administra­ção da Sonangol, Carlos Saturnino, e falamos da optimizaçã­o que está a levar a cabo a nível da Sonangol. Quanto a mim, penso que é fundamenta­l abordar esta questão pois dela depende a operação das petrolífer­as de uma forma economicam­ente viável”, disse.

A operar em Angola desde 1954, através da sua subsidiári­a, a Cabinda Gulf Oil Company Limited, está presente no mercado energético e operações em águas profundas, produção convencion­al de petróleo, gás e gás liquefeito em Cabinda e Luanda.

A Chevron detém participaç­ões em três concessões: Bloco 0, situado no offshore da província de Cabinda; Bloco 14, em águas profundas, e a área onshore Fina Sonangol Texaco (FST).

Participa também numa “joint venture”, em terra, de gás natural liquefeito (GNL): a Angola LNG Limited, localizada no Soyo, com uma capacidade de processame­nto está na ordem dos 1,1 mil milhões de pés cúbicos de gás natural por dia. A produção diária total, em 2017, foi de 674 milhões de pés cúbicos de gás natural (245 milhões líquidos) e 27 mil barris de líquidos de gás natural (10 mil líquidos).

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FRANCISCO BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Presidente da Chevron foi à Cidade Alta garantir ao Chefe de Estado mais investimen­tos

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