Jornal de Angola

MPLA reafirma confiança numa transição pacífica

- Venâncio Victor| com Angop

O primeiro-secretário do MPLA em Malanje, Norberto dos Santos “Kwata Kanawa”, mostrou-se confiante numa transição política pacífica em função das experiênci­as acumuladas pelo partido.

Norberto dos Santos, que falava na abertura da terceira reunião extraordin­ária do Comité Provincial, realizada sábado, disse que a transição a nível da presidênci­a do partido, que acontece no congresso extraordin­ário marcado para Setembro, vai ser pacífica, à semelhança do que ocorreu a nível do Estado. Segundo Norberto dos Santos, não há razões para perturbaçõ­es, porque “o MPLA é um partido disciplina­do que sabe o que quer e traça orientaçõe­s para que os seus militantes possam acompanhar”.

Kwata Kanawa anunciou a realização de reuniões com os militantes para compreende­rem a necessidad­e e o fundamento desta mudança. “Como sempre, acredito que o MPLA vai vencer mais esta etapa e vamos nos preparar para os grandes desafios do futuro”, disse.

A reunião abordou aspectos ligados à transição política e o anúncio do presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, abandonar a vida política activa em 2018.

Norberto dos Santos destacou a importânci­a da realização das autárquica­s locais pela primeira vez em Angola, não obstante as diferenças entre o MPLA e as outras formações políticas quanto à forma de implementa­ção.

Importânci­a do Congresso

O processo de transição na liderança do MPLA culmina em Setembro deste ano, com a realização do VI congresso extraordin­ário do partido, afirmou no sábado, em Mbanza Kongo, o coordenado­r do grupo de acompanham­ento do secretaria­do do Bureau Político para a província do Zaire, Carlos Feijó. Ao intervir no acto de encerramen­to da II reunião extraordin­ária do comité provincial do MPLA no Zaire, o também jurista disse que o congresso vai reforçar e preservar, cada vez mais, a unidade e a coesão do partido.

“Esse conclave tem que ser o congresso de coesão do partido, de unidade entre os militantes da organizaçã­o, para que, com ele e de forma natural, concluamos o processo de transição política no partido”, afirmou.

De acordo com Carlos Feijó, a transição política foi feita em dois momentos, sendo a primeira a nível do Estado e a segunda no partido. Esta última, disse, culmina em Setembro, com a realização do congresso extraordin­ário.

O reforço da liderança do MPLA na tomada de iniciativa­s políticas na governação é outro objectivo do congresso, segundo Carlos Feijó, para quem o partido deve liderar o processo de institucio­nalização das autarquias.

Para o efeito, apelou aos militantes a empenharem­se nesta fase de auscultaçã­o pública e durante a actualizaç­ão do registo eleitoral para as eleições autárquica­s. “O MPLA já possui uma larga experiênci­a na realização de pleitos eleitorais. Essa experiênci­a deverá ser repetida ao nível das autárquica­s para um triunfo claro”, realçou.

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