1º de Agosto pode reforçar hoje a liderança diante do Progresso Sambizanga
Empates sem golos do Petro de Luanda e do Interclube retira pressão aos bicampeões no comando do Girabola
O 1º de Agosto pode alargar a vantagem na liderança, em relação ao Petro de Luanda e Interclube, em caso de vitória frente ao Progresso Sambizanga, hoje às 17h30, no Estádio Municipal dos Coqueiros, na partida que fecha a jornada inaugural da segunda volta do Campeonato Nacional de Futebol, Girabola.
A perda de pontos de petrolíferos e polícias, que empataram sábado, sem golos, frente ao Cuando Cubango FC e Desportivo da Huíla, respectivamente, deixou os militares do Rio Seco menos pressionados, dada a possibilidade de reforçar a condição de comandantes isolados da tabela classificativa.
Os pupilos do sérvio Zoran Maki chegam com certa supremacia para a disputa de um dos mais antigos dérbis do futebol angolano do pós-independência, pelo facto de terem continuado a competir, enquanto o grosso dos concorrentes observou a paragem do Girabola, devido à conclusão da primeira volta. O 1º de Agosto disputou jogos em atraso e, com isso, assumiu a liderança isolada da prova.
Mas os rubros e negros entram em campo obrigados a melhorar a produção ofensiva, a julgar pela queda do número de golos, fixado em 14 marcados e três sofridos, após a disputa de 14 jornadas, quando o ano passado, em 15 jogos, apontaram 24 e consentiram sete, registos que apontam para a melhoria da defesa, apesar do enguiço do ataque.
Com a segurança da baliza confiada a Tony Cabaça, relegado à condição de “suplente de luxo” de Neblu, no início da competição, a estrutura defensiva dos detentores do título volta à primeira forma, depois do regresso do central Bobô, que esteve ao serviço da selecção do Congo Democrático. Dany Masunguna, Paizo e Isaac completam o quarteto.
Para levar a equipa ao ataque, Ibukun, Mongo e Geraldo têm a tarefa de criar condições de finalização aos colegas lançados na linha ofensiva, sobretudo Jacques, avançado contratado como abono de família, que procura atingir os níveis demonstrados no Kabuscorp do Palanca.
Ainda longe da tranquilidade na classificação, o Progresso Sambizanga, orientado por Hélder Teixeira, recebe os militares determinado em repetir a boa exibição assinada na primeira volta, quando colocou em causa, com o empate sem golos, a capacidade competitiva do adversário, que na altura tinha um registo pastoso no campeonato e outro de grande vivacidade nas eliminatórias para a fase de grupos da Liga dos Clubes Campeões Africanos.
Num período que dá sinais claros de regresso à boa forma, o avançado Yano é o farol da equipa do Sambizanga, para tentar colocar em desassossego a defensiva contrária. Os resultados das partidas disputadas em casa, desde 2012, dão vantagem aos anfitriões, que venceram em 2013 e 2014, por 1-0 e 21, ao passo que os agostinos triunfaram apenas em 2015, por 3-0, com três empates pelo meio.
Míngua de golos
A segunda volta do Girabola começou com uma seca de golos. Em seis jogos, foram apontados sete tentos, média inferior a um por partida, safra que para os mais optimistas representa a sobreposição das defesas aos ataques, enquanto outros analistas preferem realçar a falta de acerto dos avançados e do processo ofensivo das equipas.
O Kabuscorp do Palanca foi quem mais contribuiu, ao derrotar na sexta-feira o Recreativo da Caála, por 30, apesar de ter voltado a sentir a mão pesada da FIFA, com a perda de mais seis pontos, desta por incumprimentos em relação ao TP Mazembe do Congo Democrático, na transferência do Tresor Mputu Mabi. O órgão reitor do futebol mundial tinha tomado a mesma medida em relação ao brasileiro Rivaldo.
Despachado do trânsito da Ponte do Panguila, o Domant FC foi à cidade do Dundo arrancar um ponto ao Sagrada Esperança, com o empate a um golo.
Sábado, o Cuando Cubango FC travou em Menongue o Petro de Luanda, incapaz de sair da igualdade (0-0), desfecho repetido pelo Interclube na recepção ao Desportivo da Huíla, sendo que ontem jogaram 1º de Maio de Benguela-Recreativo do Libolo (1-1) e Académica do Lobito-Sporting de Cabinda (0-0).
A perda de pontos de petrolíferos e polícias,que empataram sábado, sem golos, respectivamente, deixou os militares do Rio Seco menos pressionados