Jornal de Angola

“The Guardian” denuncia perseguiçã­o política a Lula

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O “The Guardian”, dos principais jornais britânico, publicou na sexta-feira uma carta de académicos de importante­s universida­des inglesas, denunciand­o “os abusos da prisão ilegal” do antigo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto, os académicos destacam que o ex-Presidente é mantido em reclusão para não participar como candidato nas próximas eleições presidenci­ais. “Lula é um preso político e uma vítima de ‘lawfare’ – o uso indevido da lei para fins políticos”, ressaltam os académicos.

Quinta-feira, passaramse dois meses desde que o ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva foi mandado para a prisão de Curitiba. Segundo a carta dos académicos britânicos ao "The Guardian", há provas contundent­es da sua inocência, de que foi julgado injustamen­te e preso para lhe ser negado o legítimo direito de se candidatar às eleições presidenci­ais de Outubro, para as quais lidera as pesquisas.

Especialis­tas jurídicos no Brasil e em todo o mundo apontaram as irregulari­dades do julgamento e as circunstân­cias questionáv­eis da prisão. O Comité de Direitos Humanos da ONU aceitou o pedido de Lula para investigar se os seus direitos humanos foram violados. Lula é um preso político e uma vítima de “lawfare”. Deve ser libertado e autorizado a concorrer às eleições para poder exercer plenamente os seus direitos democrátic­os, defendem os académicos.

Candidato imbatível

A nova pesquisa do Datafolha publicada ontem, aponta Lula com 30 por cento das intenções de voto. E se não for candidato um terço dos eleitores dizem que ficam sem opção. Sem Lula, Bolsonaro mantém a liderança 19 por cento das preferênci­as.

Marina Silva aparece logo depois 15 por cento das intenções de voto. O ex-ministro Ciro Gomes oscila entre 10 e 11 por cento, o que mostra que pode herdar uma parte do eleitorado de Lula, se este for impedido de participar nas eleições de Outubro, no quadro da Lei da Ficha Limpa, que impede candidatos condenados em segunda instância de concorrere­m a cargos públicos.

Alckmin chega a 7 por cento e mostra a enorme dificuldad­e de se afirmar no denominado centro. Henrique Meirelles, candidato de Michel Temer, “não existe”, tem apenas 1 por cento das preferênci­as, de acordo com o instituto Datafolha.

Os dois mais cotados para serem o Plano B de Lula, Fernando Haddad (SP) e o exgovernad­or Jaques Wagner (BA), aparecem com apenas 1 por cento na pesquisa. Mas isso não quer dizer muita coisa.

Nos cenários sem o exPresiden­te Lula na corrida, mais de 40 por cento dos seus eleitores dizem não ter em quem votar. Ou seja, podem votar em qualquer um que for por ele indicado.

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DR Académicos apoiam Lula

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