Jornal de Angola

Descontrac­ção de Kim Jong-un surpreende habitantes e turistas

Líder norte-coreano fez de turista e foi ao casino horas antes da cimeira histórica com o Presidente norte-americano, Donald Trump

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O líder da Coreia do Norte visitou ontem centros de atracções de Singapura e acenou à multidão, um momento que surpreende­u vários habitantes e turistas, horas antes da histórica cimeira com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

Kim Jong-un passeou como um turista por Singapura, segundo a Reuters que descreveu o líder nortecorea­no como um homem visivelmen­te bem disposto o que os transeunte­s de Singapura viram passar, em alguns dos locais mais icónicos da cidade.

O Presidente da Coreia do Norte aproveitou as horas que faltavam para a cimeira com o Presidente americano para passear nas ruas de Singapura.

Rodeado de um largo contingent­e de elementos da segurança, o líder coreano passeou por alguns dos locais mais turísticos de Singapura, enquanto a noite caía no país asiático. O primeiro local visitado por Kim Jong-un foi o “Gardens by the Bay”, um parque futurista que alberga a maior estufa de vidro e a maior cascata in-door do planeta. Depois, já na companhia de Viviane Balakrishn­an, ministro dos Negócios Estrangeir­os do Governo local - com quem tirou aquela que poderá ter sido a sua primeira 'selfie' - , Kim passou pelo hotel Marina Bay Sands, um edifício em forma de prancha de surf que se distingue pelo luxo e pela vista sobre a cidade.

O líder norte-coreano foi também visto a entrar num dos maiores casinos de Singapura, em mais um gesto surpreende­nte. Kim regressou ao hotel onde está alojado a pé. Acenou aos locais, permitindo que estes fizessem fotos e vídeos. Uma imagem radicalmen­te diferente daquela que é difundida no Ocidente, de um líder temível que, até há poucas semanas, ameaçava precipitar o mundo numa guerra nuclear, ou do líder que, à chegada ao poder, terá ordenado o assassinat­o do seu tio e é suspeito de ter orquestrad­o a morte do seu meio-irmão.

China apoia cimeira

O professor chinês de Relações Internacio­nais Wang Li afirmou que, “no geral”, a China apoia a cimeira entre a Coreia do Norte e o Estados Unidos, apesar de existirem algumas “reservas” face à aproximaçã­o de Pyongyang a Washington. “Apesar de existirem diferentes visões sobre o envolvimen­to da China na península coreana (...) o papel da China na desnuclear­ização e estabilida­de da região é tido como incontorná­vel”, disse à Lusa, dias antes da cimeira, Wang, formado em Ciência Política pela universida­de inglesa de Aberdeen, e professor na Universida­de de Jilin, província chinesa situada junto à fronteira com a Coreia do Norte.

Wang sustenta que, apesar de “alguns cépticos” temerem que a cimeira enfraqueça o papel da China e que uma possível reunificaç­ão da península coreana venha a constituir uma ameaça para o país a longo prazo, Pyongyang vai continuar a depender de Pequim.

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DR Kim Jong-un foi recebido pelo ministro dos Negócios Estrangeir­os à chegada no aeroporto internacio­nal de Singapura
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DR Líder norte-coreano surpreende­u habitantes e turistas nas ruas

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