Executivo quer mais cobertura de saneamento na comunidade
Um total de 219. 785 pessoas, de um conjunto de 229 aldeias de 11 províncias do país, deixaram de defecar ao ar livre, no âmbito da experiência piloto de implementação da Estratégia Nacional de Saneamento Total Liderado pelas Comunidades e Escolas de Angola.
Os dados foram apresentados ontem, em Luanda, pelo Ministério do Ambiente que considerou o programa, que teve a parceria do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), uma abordagem inovadora com vista a elevar o nível de cobertura de saneamento e higiene a nível das comunidades.
Dados de Abril de 2018, indicam que 132.948 pessoas, em 145 comunidades das províncias do Bié, Cunene, Huíla e Moxico deixaram de defecar ao ar livre, representando uma eficácia de 38%.
No município de Nharea, 36.490 alunos e 674 professores de 126 escolas participaram no programa, levando a liderança do programa a considerar que aquela localidade da província do Bié está muito próximo de ser o primeiro município sem defecação ao ar livre do país.
O programa que é implementado desde 2008, conta com parcerias de agências espanholas e do UNICEF, com financiamento da União Europeia e posteriormente será expandido às províncias de Benguela, CuanzaSul, Cuanza-Norte, Malanje, e Namibe.
A Estratégia de Saneamento Total Liderado pelas Comunidades e Escolas em Angola visa garantir o acesso universal ao saneamento, higiene sustentável adequados e equitativos para todos até 2030, por forma a contribuir para a redução da pobreza.
No acto que marcou a apresentação da estratégia, a ministra do Ambiente, Paula Francisco, reafirmou que o programa de saneamento liderado pela comunidade e escolas converteu-se numa ferramenta importante para a resolução dos problemas de saneamento das populações nas zonas peri-urbanas.
Paula Francisco entende que a elaboração dessa estratégia servirá de linha orientadora para o Executivo velar pela melhoria das condições de saneamento, sobretudo nas metas universais contidas nos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.
O programa usa dois modelos principais de implementação – através do Governo (UNTSA e Comissões Provinciais e Municipais) e através de ONG, que tem tido mais sucesso.