Cáspio: o maior lago do mundo
O mar Cáspio é o maior corpo de água fechado e interior da Terra em área, diversas vezes classificado como o maior lago do mundo ou um verdadeiro mar. Tem uma superfície de 371.000 km2 (não incluindo Kara Bogaz Gol) e um volume de 78.200 km3. É um bacia endorreica (que não tem saídas) e é limitado a noroeste pela Rússia, a oeste pelo Azerbaijão, ao sul pelo Irão, a sudeste pelo Turcomenistão e ao nordeste pelo Cazaquistão.
Os antigos habitantes do seu litoral consideravam o mar Cáspio um oceano, provavelmente por causa da sua salinidade e aparência ilimitada. Tem uma salinidade de aproximadamente 1,2 por cento, cerca de um terço da salinidade da maior parte da água do mar.
Na Antiguidade, era conhecido como oceano Hircaniano e também é actualmente denominado como mar Cazar e mar Khvalissian. Com a sua superfície e os seus 1.200 quilómetros de comprimento e 450 quilómetros de largura, o Cáspio é o mais importante lago do mundo. A sua profundidade média é de 180 metros, com a cota máxima de 1.025 metros, e a sua extensão costeira é de quase 7.000 quilómetros.
Os rios Volga e Ural desaguam no mar Cáspio, que é ligado também ao mar de Azov pelo canal Kuma-Manych. O Volga é responsável pela maior parte do fluxo de água que chega ao mar. Assim sendo, esta via fluvial é fundamental para que seja mantidos o equilíbrio aquático, a constituição biológica e química e a oscilação do nível da água. Desta forma, o que acontece em torno do vale do Volga resulta em repercussões sobre o mar Cáspio. Mas o mar Cáspio não recebe somente água da bacia do Volga. A poluição resultante de quase metade da população russa e de um terço da produção industrial e agrícola de áreas do rio Volga explica os elevados níveis de poluição em quase toda a bacia hidrográfica. A falta de preocupação ambiental no período soviético foi um dos factores para a degradação do mar Cáspio.
Morfologicamente o mar Cáspio divide-se em três partes principais: a primeira é a porção sul, onde se encontram as maiores profundidades, com média de 325 metros. A segunda parte é a parte central do mar, com profundidade média de 170 metros. A terceira é a porção norte, que integra a depressão Aralo-Caspiana (depressão absoluta, cuja altitude média é de –28 metros). É a parte mais rasa do mar, onde a profundidade não passa dos dez metros. Esta parte do mar também é a mais vulnerável aos impactos sócio ambientais, por estar situada junto a áreas continentais baixas e planas, além de possuir menor volume e profundidade.