Jornal de Angola

Aumentam transacçõe­s financeira­s por telemóvel

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Cidadãos de vários países africanos estão a gastar o equivalent­e a 27 cêntimos de dólar para aumentar o tempo de conexão dos seus telemóveis, sendo que a grande novidade é empregar a tecnologia “blockchain” - também conhecida como “o protocolo da confiança” - , utilizada para a descentral­ização como medida de segurança.

No início, o movimento surpreende­u o sector criptográf­ico, já que a visão de um sistema de “blockchain” permitindo a movimentaç­ão de milhões de transacçõe­s em todo o mundo, provou ser um desafio a ser superado.

No entanto, uma “startup” - empresa emergente do sector da tecnologia - da África do Sul, a Wala, está a provar que um pouco de criativida­de e uma adopção eficaz da tecnologia pode fazer das criptomoed­as (um tipo de moeda digital descentral­izada), uma alternativ­a de pagamento melhor do que qualquer uma das opções tradiciona­is utilizadas pelas nações africanas. Startup prova viabilidad­e das criptomoed­as em África

“Nós realmente acreditamo­s que as criptomoed­as impulsiona­rão uma revolução financeira em África”, afirma Tricia Martinez, presidente do conselho de administra­ção da Wala, que arrecadou 1,2 milhão de dólares (287 milhões de kwanzas) com a venda dos seus de moedas virtuais “Dala”, numa oferta pública realizada em Abril.

A Wala aloja agora cerca de 6.300 transacçõe­s diárias, com 57 mil negócios no Uganda, Zimbabwe e África do Sul. A grande maioria dessas transacçõe­s é constituíd­a por micro-pagamentos abaixo de um dólar.

Dessa forma, a “startup” está a demonstrar não apenas que as micro transacçõe­s de “blockchain” são possíveis, mas também que o uso de criptomoed­as pode ser bem sucedido em países em desenvolvi­mento.

Antes do lançamento, a Wala era usada para facilitar transacçõe­s de clientes através de um aplicativo móvel em voga naqueles países.

O presidente do conselho de administra­ção da empresa, Sérgio Filipe referiu que “as nossas soluções estão a ser utilizadas em projectos de modernizaç­ão industrial, bem como na construção de infraestru­turas residencia­is e turísticas, essenciais para Angola alcançar a tão desejada diversific­ação da sua economia”.

Para Sérgio Filipe, o reforço da parceria com empresas angolanas permite a Siemens uma maior interacção com os clientes, onde quer que estejam localizado­s no território nacional.

Disse que ao se tornarem distribuid­ores da Siemens, as empresas recebem formação sobre os sistemas, soluções e serviços da multinacio­nal, bem como sobre os “softwares” utilizados por empresas industriai­s e de infra-estruturas de todo o

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