Edições Novembro e Lusa estudam parceria
A Agência de Notícias de Portugal (Lusa) pretende, no quadro da estruturação e inovação dos seus serviços, firmar acordos com órgãos de comunicação de países de língua portuguesa na área da formação de quadros, disse ontem, o seu presidente do conselho de administração.
Nicolau Santos prestou a informação após uma visita às instalações da Edições Novembro, onde manifestou o interesse de intercâmbio com o Jornal de Angola para formação de jornalistas, repórteres de imagem e áudio.
Nicolau Santos espera que assinar em breve o protocolo de cooperação com o
“Para nós é importante termos na nossa Agência este jornal como nosso cliente, este que é o diário mais influente, conhecido e importante em Angola”, afirmou, sublinhando que a parceria vai, igualmente, ajudar na promoção da imagem de Angola a nível interno e externo.
“Uma das questões que hoje se coloca, particularmente por parte do Governo de Angola, é passar uma nova imagem do país a nível das suas estratégias interna e mundial”, disse, para acrescentar que a realização de reportagens e entrevistas sobre Angola podem contribuir para a promoção da nova imagem de Angola.
“Estamos totalmente disponíveis para receber ou enviar jornalistas e técnicos que queiram ir à Agência Lusa e receber essa formação”, garantiu. Sobre a visita ao Jornal de Angola, Nicolau Santos disse ter ficado impressionado com o nível equipamento instalado nas redacções e o elenco de pessoal jovem que figuram nos quadros do
Após percorrer as quatro redacções dos vários títulos da Edições Novembro, Nicolau Santos disse que o objectivo é oferecer aos seus clientes angolanos, órgãos de comunicação social e não só, os serviços e todas as disponibilidades da agência.
“Estamos a estruturar os serviços da agência Lusa. Há uma evolução notória da parte das agências em oferecer não só textos, mas também informações muito orientadas, como por exemplo na área financeira, fotografia e agora cada vez mais em vídeo”, disse
Nicolau Santos, sublinhando que, em termos estratégicos, é importante parcerias sólidas, continuadas e oferecer aos clientes a possibilidade de pagarem os serviços em moeda local.
“O pagamento dos serviços tem sido até agora um obstáculo em Portugal e em Angola e até em outros países, devido a problemas cambiais, pontualmente. Já não queremos que isso aconteça. Daí a possibilidade que vamos dar aos nossos clientes”, explicou.
Nicolau Santos disse existir um défice, a nível mundial, em termos de informação dos países africanos, especialmente os de língua portuguesa. Sublinhou que, cerca de 70 por cento da informação produzida no mundo por agências são em língua inglesa ou francesa e incide, normalmente, a maior parte dela, sobre os países ocidentais.
“Pensamos que, na Lusa, temos uma ligação privilegiada com os países africanos de língua portuguesa e podemos, cada vez, mais potenciar esta ligação”, disse. O objectivo é, através da oferta de serviços, disponibilizar informação sobre África, em particular sobre os países que falam português, especialmente Angola, e aos grandes operadores internacionais. “Com isso, além de aumentar a nossa produção de vídeos e áudios, aqui em Angola, queremos também fazer a tradução de vídeos para a língua inglesa, dublagem e legendagem, para vendermos aos grandes operadores internacionais, como o The New York Times, o Le Fígaro e outros.