Advogados portugueses exercem à margem da lei
Face à intransigência do Sindicato, os técnicos de enfermagem da Defesa e do Interior foram mobilizados
Uma comissão foi criada pelo Ministério da Saúde, para a revisão das carreiras especiais dos profissionais do sector, informou ontem o governador da província de Luanda, Adriano Mendes de Carvalho.
O governador da província de Luanda fez o anúncio, durante um encontro que manteve com enfermeiros e responsáveis do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, com a presença da ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, para tranquilizar a organização sindical, cujos associados estão em greve desde segunda-feira.
“A ministra da Saúde já constituiu um grupo de carácter nacional e integra também membros de sindicatos do sector, para estudar as soluções dos interesses dos profissionais da Saúde”, salientou o governador da província de Luanda.
Em sua opinião, a greve dos enfermeiros em Luanda não tem nenhuma consistência, porque para se falar de aumento salarial, não podem ser apenas apontados os profissionais de Luanda, quando o país é integrado por mais províncias.
Além disso, acrescentou o governador, não é justo olhar apenas para a classe de enfermeiros, quando existem outras áreas, igualmente importantes, no sector da Saúde, daí, a decisão do Ministério da Saúde de criar uma comissão para a revisão das carreiras especiais.
“É melhor, que olhemos para a componente geral, onde se inclui o médico, o enfermeiro e o técnico de diagnóstico e terapêutica”, acentuou Adriano Mendes de Carvalho, que disse não ser este assunto um problema do Governo da Província de Luanda. Os enfermeiros de Luanda estão em greve, por tempo indeterminado, por falta de cumprimento das exigências contidas num caderno reivindicativo apresentado em 2012 pelo Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda, em que exigem o acerto de categorias, ajuste salarial e pagamento de subsídios.
A greve foi convocada há cerca de um mês, durante uma assembleia, na qual foi decidido que o levantamento da paralisação laboral vai depender da celeridade do Governo, no atendimento do caderno reivindicativo.
Enfermeiros estão em greve, por tempo indeterminado, por falta de cumprimento das exigências contidas num caderno reivindicativo
Ontem, o Governo Provincial de Luanda e o Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda (SINTENFL), não chegaram a acordo quanto ao levantamento da greve. Face à intransigência demonstrada pelo Sindicato, o Governo da Província de Luanda estabeleceu contactos com os ministérios da Defesa, do Interior e com Organizações Não Governamentais, para mobilizarem os seus técnicos de saúde a fim de garantirem os serviços mínimos, nas unidades hospitalares de carácter provincial.
Os profissionais dos dois departamentos ministeriais e das Organizações Não Governamentais, vão estar onde forem necessários, para a manutenção do normal funcionamento dos hospitais públicos.