CARTAS DOS LEITORES
Redes sociais
Muito já se disse sobre as redes sociais, e em atenção à minha ocupação profissional como técnico de informática, acompanho com atenção todos os debates em torno das redes sociais. Na verdade, o caminho da digitalização é incontornavelmente a direcção por onde se encaminha o país, por essa e outras razões, vale sempre a pena falar sobre esse mundo complexo. Acho, que o debate representa que as pessoas amadureceram o suficiente, dada a forma como cada um apresenta os seus argumentos. Apenas de lamentar, a forma unilateral como muitos encaram as redes sociais. Preferem alguns encarar apenas e só negativamente. As redes sociais, à semelhança de numerosas outras ferramentas inventadas pelos seres humanos, representam vantagens e desvantagens. Mais do que ficarmos a sensibilizar a sociedade sobre os seus perigos, que existem na verdade, mais vale criarmos mecanismos que previnam o pior. Contrariamente, a nenhuma referência às vantagens, o homem destilou todo o fel contra as redes sociais. Acho, que precisamos de debitar as nossas opiniões sobre as redes sociais com o devido tacto, porque como se pode notar com relativa facilidade, as redes proporcionam vantagens e desvantagens. Precisamos de olhar, para outras formas, para compensar o alegado prejuízo que as redes sociais proporcionam. Prefiro olhar para a educação, repensar o papel das famílias e das escolas, para que tenhamos mais equilíbrios. Um investimento na educação das pessoas, a criação de leis eficazes e uma actuação profissional dos órgãos competentes, contribuem ao menos, para que delitos de maior gravidade não aconteçam.
O nosso futebol
Embora, o campeonato esteja entre os melhores do continente, não há dúvidas de que ultimamente uma das coisas de que mais se fala, é precisamente o estado do nosso futebol. Se há algum tempo se recomendava, hoje, parece inspirar muitos cuidados, sobretudo a julgar pelo estado em que se encontram os clubes. Há dias, ainda foi manchete o facto da Federação Angolana de Futebol (FAB) ter encontrado, aparentemente muitas dificuldades para dar solução, quanto ao campo para a selecção treinar. Depois, outras situações menos boas, que continuam a complicar a inserção do nosso futebol na mais alta roda do futebol africano. Todos estes problemas precisam de ser resolvidos, para bem do nosso futebol e com muita urgência. Depois, foi o recuo dos clubes em ceder os jogadores, uma realidade nunca antes vista no nosso futebol, num claro desafio à FAF. E, não seria exagero dizer, que os problemas e desafios da instituição assemelham-se muito aos problemas do nosso futebol. Mas o que é que se passa com o nosso futebol, parece ser claramente a pergunta que não se cala, na medida em que não há solução no curto e médio prazos para os seus problemas, particularizando-se aqui, obviamente, a situação ao nível da selecção. Julgo que a FAF devia contar com um conselho consultivo, formado por velhas glórias do nosso futebol, e se possível, com aqueles que passaram a treinadores. Estes, precisam de ter uma palavra a dizer, quando se trata da contratação de um treinador, seja nacional ou estrangeiro.