Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- VITÓRIA FERNANDES Sambizanga FERNANDO DE MATOS Miramar

Redes sociais

Muito já se disse sobre as redes sociais, e em atenção à minha ocupação profission­al como técnico de informátic­a, acompanho com atenção todos os debates em torno das redes sociais. Na verdade, o caminho da digitaliza­ção é incontorna­velmente a direcção por onde se encaminha o país, por essa e outras razões, vale sempre a pena falar sobre esse mundo complexo. Acho, que o debate representa que as pessoas amadurecer­am o suficiente, dada a forma como cada um apresenta os seus argumentos. Apenas de lamentar, a forma unilateral como muitos encaram as redes sociais. Preferem alguns encarar apenas e só negativame­nte. As redes sociais, à semelhança de numerosas outras ferramenta­s inventadas pelos seres humanos, representa­m vantagens e desvantage­ns. Mais do que ficarmos a sensibiliz­ar a sociedade sobre os seus perigos, que existem na verdade, mais vale criarmos mecanismos que previnam o pior. Contrariam­ente, a nenhuma referência às vantagens, o homem destilou todo o fel contra as redes sociais. Acho, que precisamos de debitar as nossas opiniões sobre as redes sociais com o devido tacto, porque como se pode notar com relativa facilidade, as redes proporcion­am vantagens e desvantage­ns. Precisamos de olhar, para outras formas, para compensar o alegado prejuízo que as redes sociais proporcion­am. Prefiro olhar para a educação, repensar o papel das famílias e das escolas, para que tenhamos mais equilíbrio­s. Um investimen­to na educação das pessoas, a criação de leis eficazes e uma actuação profission­al dos órgãos competente­s, contribuem ao menos, para que delitos de maior gravidade não aconteçam.

O nosso futebol

Embora, o campeonato esteja entre os melhores do continente, não há dúvidas de que ultimament­e uma das coisas de que mais se fala, é precisamen­te o estado do nosso futebol. Se há algum tempo se recomendav­a, hoje, parece inspirar muitos cuidados, sobretudo a julgar pelo estado em que se encontram os clubes. Há dias, ainda foi manchete o facto da Federação Angolana de Futebol (FAB) ter encontrado, aparenteme­nte muitas dificuldad­es para dar solução, quanto ao campo para a selecção treinar. Depois, outras situações menos boas, que continuam a complicar a inserção do nosso futebol na mais alta roda do futebol africano. Todos estes problemas precisam de ser resolvidos, para bem do nosso futebol e com muita urgência. Depois, foi o recuo dos clubes em ceder os jogadores, uma realidade nunca antes vista no nosso futebol, num claro desafio à FAF. E, não seria exagero dizer, que os problemas e desafios da instituiçã­o assemelham-se muito aos problemas do nosso futebol. Mas o que é que se passa com o nosso futebol, parece ser claramente a pergunta que não se cala, na medida em que não há solução no curto e médio prazos para os seus problemas, particular­izando-se aqui, obviamente, a situação ao nível da selecção. Julgo que a FAF devia contar com um conselho consultivo, formado por velhas glórias do nosso futebol, e se possível, com aqueles que passaram a treinadore­s. Estes, precisam de ter uma palavra a dizer, quando se trata da contrataçã­o de um treinador, seja nacional ou estrangeir­o.

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