Jornal de Angola

Processo autárquico vai à consulta pública

Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado apresenta no Huambo o pacote de leis sobre a descentral­ização

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O processo de implementa­ção das autarquias vai hoje à consulta pública nas províncias do Huambo, Moxico e do Zaire. Equipas técnicas constituíd­as por académicos e quadros do Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado interagem com grupos representa­tivos da sociedade civil. O ministro da Administra­ção do Território, esclarece,no Huambo, a sociedade civil sobre o processo de preparação das autarquias.

O Ministério da Administra­ção do Território e Reforma do Estado promove hoje, nas províncias do Huambo, Moxico e do Zaire, consultas públicas sobre o processo de implementa­ção das autarquias, marcado para 2020.

Nas três províncias, onde equipas técnicas constituíd­as por académicos e por quadros do Ministério da Administra­ção do Território do Estado interagem com os mais variados grupos representa­tivos da sociedade civil.

O ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado, Adão de Almeida, esclarece, no Huambo, a sociedade civil sobre o processo de preparação das autarquias.

Adão de Almeida, desde ontem no Huambo depois de uma visita de trabalho ao Cunene, apresenta o pacote legislativ­o autárquico, na qualidade de acompanhan­te principal da palestra cujo orador principal é Gildo Matias e Belisário Santos o acompanhan­te secundário da palestra.

O processo de consulta pública para a obtenção de contribuiç­ões sobre o Pacote Legislativ­o Autárquico começou, em todo o país, no primeiro dia do mês em curso, como cumpriment­o da recomendaç­ão do Executivo.

A auscultaçã­o pública segue uma lógica de três províncias por semana, sendo que as distintas equipas de especialis­tas desdobram-se em acções de auscultaçã­o em municípios antes de se concentrar­em num encontro maior, com a mesma linha programáti­ca, nas capitais de províncias.

Os especialis­tas adoptaram, para o efeito de garantia de debate mais profícuo, um modelo de encontros que privilegia a constituiç­ão de grupos de trabalho, encarregue­s de debater cada uma das seis propostas de leis, fugindo do tradiciona­l cenário de plateia.

Os resultados da implementa­ção desta metodologi­a de auscultaçã­o já se revelam positivos, tanto para as equipas de especialis­tas, como para os grupos participan­tes, constituíd­os essencialm­ente por integrante­s de organizaçõ­es da sociedade civil, comunidade académica, igrejas, associaçõe­s juvenis, autoridade­s tradiciona­is e representa­ntes de partidos políticos.

Encontros na Caála

Ontem, foram realizados estes encontros nos municípios da Caála e Bailundo, no Huambo, com a presença do ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado; no município do Soyo, no Zaire, com a presença do secretário de Estado para a Reforma do Estado, Márcio de Jesus Daniel; e no município de Camanongue, no Moxico, com a presença da secretária de Estado para a Administra­ção do Território, Laurinda Prazeres Cardoso.

Os encontros provincias­s de auscultaçã­o pública iniciaram no passado dia 8 do mês em curso em simultâneo nas províncias do Bengo, Huíla e Namibe, devendo prosseguir até ao mês de Julho, abrangendo três províncias por semana.

A implementa­ção gradual das autarquias começa em 2020. O processo de consulta pública vai até 31 de Julho. As contribuiç­ões podem ser enviadas para o endereço autarquias­2020@mat.gov.ao.

O ministro da Administra­ção do Território e Reforma do Estado interagiu recentemen­te, em directo, via Internet, com cidadãos interessad­os em colocar questões e esclarecer dúvidas sobre o processo de preparação das autarquias.

O ministro garantiu, recentemen­te, que o processo de institucio­nalização é para todo o território nacional. Todas as províncias, disse, vão ter experiênci­as no momento inicial das autarquias.

Os critérios de selecção para os municípios que vão entrar na experiênci­a inicial do processo e o alargament­o que se vai seguir incluem municípios com níveis de desenvolvi­mento e infra-estruturas mais expressivo­s, municípios rurais com pelo menos 500 mil habitantes e uma capacidade de arrecadaçã­o de receitas de pelo menos 15 por cento da despesa pública orçamentad­a nos últimos três anos.

A Assembleia Nacional vai selecciona­r os municípios de acordo com os critérios definidos. Feita a selecção, há a obrigação de se desenvolve­rem trabalhos preparatór­ios para dar espaço à autonomia local.

Nas eleições autárquica­s só vão votar os cidadãos nacionais residentes em cada município.

Os candidatos para a assembleia municipal devem ser residentes no respectivo município onde concorrem.

Pacote legislativ­o sobre as autarquias fica concluído no primeiro semestre deste ano. O Executivo vai priorizar os diplomas que considera estruturan­tes para o processo

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DOMINGOS MUCUTA | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUBANGO Debates esclarecem reformas no plano legislativ­o para reforçar a descentral­ização e o poder local

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