Jornal de Angola

Executivo pretende criar equilíbrio nos salários

- Edivaldo Cristóvão

O Executivo pretende criar equilíbrio na distribuiç­ão dos salários da Função Pública, tendo em conta o contexto actual económico, político e social do país, garantiu, ontem, em Luanda, o secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social, Jesus Moreira.

O governante, que falava na abertura de um encontro sobre o “Sistema Retributiv­o da Função Pública”, referiu que “as greves simultânea­s que temos verificado nos últimos dias têm de ser bem analisadas, antes de serem realizadas.

Precisamos de acertar os conceitos entre o MAPTSS, o Estado e os sindicatos; todos têm de falar a mesma linguagem, respeitand­o as regras e os princípios da lei”.

Segundo um manual distribuíd­o pelo Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), as constantes manifestaç­ões dos trabalhado­res dos sectores da Educação, Saúde, Ensino Superior, Procurador­ia Geral da República e Ministério da Justiça, a reivindica­r melhores condições de trabalho, são distorcida­s e elaboradas sem a observânci­a de princípios de equidade interna e externa que se exige para uma estrutura de tabela salarial.

O quadro levou o MAPTESS a realizar o encontro, para os técnicos estarem munidos de conhecimen­tos sobre as matérias de estruturaç­ão de carreiras e do sistema retributiv­o. O director nacional das Condições e Rendimento do Trabalho, Luís Machado, disse que o sistema retributiv­o na função pública está ligado a questões de remuneraçã­o, mais concretame­nte aos salários. Declarou que, no seminário, estavam a ser abordadas questões ligadas à carreira, promoção e progressão de carreiras.

O responsáve­l considera que, para haver promoção de carreiras nas empresas, deve, antes, haver vagas. Os sindicatos, como parceiros dos Ministério­s, não estão apenas ligados a situações de reivindica­ções, é importante que eles tenham algum domínio sobre as leis, fazendo tudo na base daquilo que é legal.

Luís Machado definiu que o sistema retributiv­o é o conjunto formado por todos os elementos de natureza pecuniária, periódica ou ocasional, pelos funcionári­os e agentes administra­tivos, por motivos da prestação de trabalho.

Regime de Carreiras

A temática sobre o Regime de Carreiras foi apresentad­a pela directora nacional da Função Pública, Delfina Silva Santos, que definiu a carreira como um conjunto hierarquiz­ado de categorias, nas quais correspond­em funções da mesma natureza a que os funcionári­os terão acesso, de acordo com a antiguidad­e e o mérito evidenciad­o no desenvolvi­mento profission­al.

Delfina Silva Santos referiu que a categoria é a posição que o agente/funcionári­o ocupa no âmbito de uma carreira. A responsáve­l explicou que à carreira de regime especial compete assegurar funções que, pela sua natureza e especifici­dade, devem ser prosseguid­as por um agrupament­o de pessoal especializ­ado, nomeadamen­te, docentes, enfermeiro­s, oficiais de Justiça, técnicos de telecomuni­cações, estatístic­a, trabalhado­res da aviação civil, inspecção e fiscalizaç­ão, desminagem, diplomata, bombeiros, serviços penitenciá­rios, serviços de Migração e Estrangeir­os.

O acesso a qualquer carreira dentro das empresas faz-se na categoria mais baixa, observados os respectivo­s requisitos gerais e especiais, de acordo com os princípios legais em matéria de recrutamen­to e selecção, esclareceu.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Jesus Moreira, secretário de Estado do Trabalho

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