Gravidezes precoces no Soyo é considerada alarmante
De Janeiro a Junho foram registados no município do Soyo, província do Zaire, cem casos de gravidez precoce, o que está a preocupar as autoridades locais, por provocar muitos problemas no seio familiar, disse a responsável do Instituto Nacional da Criança (INAC).
Justina Sebastião informou que os cem casos notificados, contra os 125 em 2017, espelham a gravidade que o problema apresenta, pelo que aconselhou os adultos a reflectirem para ajudarem na solução.
Justina Sebastião disse que a gravidez precoce e o trabalho infantil constituem as principais preocupações da instituição que dirige, cujos números tendem a aumentar na região, na medida em que cada vez mais menores entre 12 e 17 anos estão grávidas ou já são mães.
O trabalho infantil, com 20 casos registados oficialmente até agora, envolvendo menores entre os 9 e os 13 anos, contra os 135 do ano transacto, disse Justina Sebastião, constitui outro problema que preocupa o INAC no Soyo.
A fuga à paternidade, com dez casos, e a violação sexual com dois,constam entre outros males que afectam a criança no Soyo.
A pobreza e a falta de diálogo entre pais e filhos são apontados pela responsável do INAC como os principais factores que estão na base da gravidez precoce a nível da região.