Egipto é considerado dos países mais seguros
Não obstante o facto de ser um país sob a mira do terrorismo, protagonizado pelo Estado Islâmico, o Egipto acaba de ser considerado numa sondagem da Gallup o mais seguro do continente africano à frente, por exemplo, a nível global, da Inglaterra e dos Est
Uma sondagem divulgada ontem pela prestigiada Gallup Global Law and Order, revela que o Egipto foi em 2017 o país mais seguro em África ocupando, a nível global, o 16º lugar, à frente do Reino Unido e dos Estados Unidos, respectivamente 21º e 35º.
O destaque obtido pelo Egipto nesta sondagem, que se realiza anualmente, pode surpreender devido à ameaça a que o país está submetido devido à presença no seu território de elementos do grupo terrorista Estado Islâmico.
Porém, os responsáveis da empresa que a realizou explicam no preâmbulo da mesma que as condições de segurança disponibilizadas pelo Egipto superam, em “larga escala”, a perigosidade representada pelo Estado Islâmico argumentando, em defesa dessa ideia, que as forças da ordem têm a situação “totalmente controlada há mais de um ano”.
Um dos critérios para a distribuição dos lugares na sondagem, tem a ver com a segurança que as pessoas sentem ao andar nas ruas durante a noite.
No Egipto, devido à sua densidade populacional (só na cidade do Cairo vivem mais de 25 milhões de pessoas) a noite confunde-se com o dia, com as pessoas a circularem durante quase 24 horas a uma quase mesma cadência. Nas grandes cidades do país, o comércio funciona também durante as 24 horas de cada dia e apenas o funcionalismo público e os serviços têm um horário menos “distendido”.
Confiança na Polícia
Por isso, para garantir a inexistência de grandes problemas, o aparato de segurança é ostensivamente visível dissuadindo aqueles que, eventualmente, possam pensar em protagonizar cenas de desordem pública.
Um dos méritos das autoridades governamentais egípcias, é o de conseguirem que toda esta segurança não deixa no cidadão, ou no visitante, a sensação de estar num Estado “policial” mas sim “policiado”.
De acordo com o preâmbulo da referida sondagem, este facto transmite às pessoas uma boa sensação de segurança e incrementa a sua confiança nas forças policiais.
O actual Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, que liderou um golpe militar que em 2013 derrubou Mohammed Morsi, tendo depois disso ganho legitimidade democrática ao vencer duas eleições, tem colocado um especial ênfase na actuação das forças de segurança no combate ao Estado Islâmico e na manutenção da tranquilidade pública.
Este grupo terrorista, reivindicou há dois anos ataques suicidas contra igrejas coptas nas cidades do Cairo, Tanta e Alexandria, que causaram 70 mortes. Lançaram, também, vários ataques na Península do Sinai contra tropas egípcias. Mas, no ano passado, as forças de segurança egípcias inverteram a situação, conseguindo manter incólumes aqueles que um ano antes eram os principais alvos dos terroristas. Ainda de acordo com a sondagem, a nível de África, o Sudão do Sul é considerado o país menos seguro, seguido pelo Gabão, Libéria e África do Sul, um dos principais destinos turísticos do continente. A sondagem da Gallup Law Order revela que 60 por cento dos africanos inquiridos revelam confiança na polícia dos respectivos países, destacando-se o Ruanda onde 88 por cento da população disse confiar nas suas forças da ordem.
Um dos méritos das autoridades egípcias é o de conseguirem que toda esta segurança não deixa no cidadão, ou no visitante, a sensação de estar num Estado “policial”, mas sim “policiado”
A nível mundial, o país mais seguro do mundo, de acordo com a mesma sondagem, é Singapura (onde acaba de decorrer a cimeira entre Donald Trump e Kim Jong-un), vindo logo depois a Noruega, Islândia, Finlândia e Uzbequistão.
Na cauda da tabela está a Venezuela, seguida do Afeganistão, Libéria, Gabão e Sudão do Sul.