Jornal de Angola

Rússia abre campeonato com goleada histórica

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A anfitriã Rússia entrou ontem a ganhar na 21ª edição do Campeonato do Mundo de Futebol, após golear a Arábia Saudita por 5-0, em encontro do Grupo A, disputado no Estádio Luzhniki, em Moscovo.

Apesar de ter entrado liberta de grandes preocupaçõ­es defensivas, a Arábia Saudita começou, a partir dos cinco minutos de jogo, a sentir dificuldad­es com o futebol móvel e rápido do meio campo russo.

Apoiado por um lotado Luzhniki Stadium, os russos começaram, aos poucos, a criar desequilíb­rios no último reduto adversário, sendo que o golo demorou apenas 12 minutos a chegar. Golovin colocou a redondinha na cabeça de Gazinskiy, que desviou com classe, fora do alcance de Maiouf.

Com o golo, os homens da casa acalmaram, pese as fragilidad­es defensivas evidentes no outro lado. A selecção de Stanislav Cherchesov privilegio­u a posse e a segurança em detrimento de um futebol mais vertical, muito também por culpa da lesão de Dzagoev, um dos melhores até então. Do outro lado, a Arábia bem tentava, mas as ideias ofensivas eram poucas ou nulas, apesar da oportunida­de criada por um desvio deficiente do experiente Ignashevic­h.

À medida que o apito do intervalo se foi aproximand­o, as ideias russas afastaram-se da baliza adversária, mas bastou um momento de desconcent­ração saudita e inspiração russa para o segundo golo acontecer. Com uma vantagem de dois golos no marcador, a Rússia entrou no segundo tempo com menos vontade. A receita da Arábia mantinha-se igual: futebol de toque, mobilidade no meiocampo, mas dificuldad­e de materializ­ar em claras oportunida­des no último terço.

A etapa complement­ar foi decorrendo neste ritmo e com estas propostas de jogo, mas nem por isso os russos tiraram o pé do acelerador no momento de recuperaçã­o de bola. Golovin (que estreia!) voltou a colocar a redondinha no lugar cego do adversário e Dzyuba, acabadinho de entrar, limitou-se a responder com um cabeceamen­to.

Quando já todos esperavam o apito final, com o estádio a transborda­r de entusiasmo depois de tantas dúvidas, Cheryshev e Golovin trataram de oferecer mais um par de momentos inolvidáve­is no coração dos russos. Há pelo menos cinco razões para levar a sério este anfitrião: uma manita a abrir é histórico.

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