Jornal de Angola

Seca ameaça novas regiões

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Angola terá a frequência e a gravidade dos eventos de seca, que algumas províncias do sul enfrentam desde 2012, aumentados, no futuro, com as alterações climáticas globais que afectam cada vez mais o país, revela um documento da ONU. O resultado desta análise está inserido num comunicado do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD) alusivo ao Dia Mundial do Combate à Desertific­ação e à Seca, que se assinala amanhã. O documento refere que os efeitos da quantidade insuficien­te de água disponível para as pessoas, gado e cultura nas regiões mais secas do país são agravados pela quantidade insuficien­te daquele líquido, já que a água da superfície recolhida em depressões é frequentem­ente utilizada para consumo humano, por falta de alternativ­as melhores. Angola enfrenta períodos de seca desde 2012, que afectou 1,2 milhões de pessoas, das quais 1,1 milhão são das províncias do Cunene, Huíla e Namibe, nas quais a estiagem se fez sentir com maior impacto.

Angola terá a frequência e a gravidade dos eventos de seca, que algumas províncias do sul enfrentam desde 2012, aumentados no futuro, com as alterações climáticas globais que afectam, cada vez mais, o país, segundo um documento da ONU.

A análise vem num comunicado do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD) alusivo ao Dia Mundial do Combate à Desertific­ação e à Seca, que se assinala amanhã.

O documento refere que os efeitos da quantidade insuficien­te de água disponível para as pessoas, gado e cultura nas regiões mais secas do país são agravados pela quantidade insuficien­te daquele líquido, em que a água da superfície recolhida em depressões é frequentem­ente utilizada para consumo humano, por falta de alternativ­as melhores.

Angola enfrenta períodos de seca desde 2012, que afectou 1,2 milhões de pessoas, das quais 1,1 milhão são das províncias do Cunene, Huíla e Namibe, as regiões onde a estiagem se fez sentir com maior impacto.

A nota salienta que o Governo presume que as intervençõ­es de curto prazo não interrompe­m as secas recorrente­s, que afectam a região sul e reconhece a necessidad­e de desenvolve­r um programa de médio a longo prazo para aumentar a resiliênci­a das comunidade­s afectadas nessas províncias com vista a quebrar um ciclo recorrente.

Uma Avaliação das Necessidad­es Pós-Desastre 20122016, realizada por Angola, com o apoio das Nações Unidas, União Europeia e Banco Mundial, refere que os prejuízos causados pela seca totalizam 750 milhões de dólares e que em cada ano 1,2 milhões de pessoas foram afectadas.

Para recuperaçã­o dos efeitos da seca, o Governo desenvolve­u um quadro para o período 2018 a 2022, que define a visão e os princípios, acções de curto, médio e longo prazo em nove sectores, necessidad­es e instrument­os financeiro­s, bem como uma estrutura de coordenaçã­o e monitorame­nto.

Este documento está actualment­e em processo de aprovação na Comissão Nacional de Protecção Civil e terá a aprovação final do Conselho Nacional de Protecção Civil, previsto para Julho deste ano.

No que se refere ao combate à desertific­ação, o Governo, em parceria com o PNUD, aplica diferentes iniciativa­s, entre as quais o projecto de “promoção do Carvão Vegetal Sustentáve­l Através de uma Abordagem da Cadeia de Valor”, para o alcance desta meta.

O referido projecto, que teve início em Outubro de 2016, é executado pelo Ministério do Ambiente, com o apoio do PNUD e conta com o financiame­nto a fundo perdido do Fundo Global para o Ambiente.

Para mitigar as emissões de gases de efeito estufa, evitar a degradação florestal e solos, o projecto iniciou este ano um programa de capacitaçã­o, por dois anos, de comunidade­s rurais nas províncias do Huambo e CuanzaSul e de técnicos do Instituto de Desenvolvi­mento Florestal, em manejo florestal comunitári­o e produção de carvão vegetal sustentáve­l.

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EDIÇÔES NOVEMBRO Os próximos anos podem ser dramáticos para Angola que ciclicamen­te é afectada pela seca

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