Jornal de Angola

Líbia pede a protecção dos fundos congelados

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A Líbia apelou à comunidade internacio­nal para proteger os fundos congelados no exterior e rejeitou qualquer uso dos mesmos para fins alheios aos interesses dos seus cidadãos.

O apelo foi lançado pelo Ministério líbio dos Negócios Estrangeir­os e Cooperação Internacio­nal ao Governo britânico, ao Conselho de Segurança (CS) e ao Comité das Sanções da ONU, de acordo com um comunicado da referida instituiçã­o publicado ontem em Tripoli.

O Governo líbio de União Nacional atribui ao Governo britânico “a responsabi­lidade por qualquer uso indevido dos fundos congelados, apelando-lhe para “tomar todas as medidas para os proteger”. A mesma responsabi­lidade é extensiva ao CS e ao seu Comité das Sanções, “por se tratar de um bem confiado à comunidade internacio­nal que têm a obrigação de preservar”. A Líbia está a acompanhar com muito interesse as reacções ao projecto de lei na Câmara dos Comuns do Reino Unido, depois da apresentaç­ão à Câmara de Lordes (câmara alta do Parlamento), que visa fundos líbios congelados na GrãBretanh­a para indemnizar vítimas das operações terrorista­s lançadas pelo Exército Republican­o Irlandês (IRA), lê-se na nota.

As relações do antigo regime líbio com o IRA foram abordadas pelos dois respectivo­s Governos que cooperaram para pôr fim a este litígio.

Os dois Governos iniciaram relações normais após anos de divergênci­as, de acordo com a mesma fonte.

Nesta base, prossegue o comunicado, existem diversos investimen­tos líbios em vários domínios na Grã-Bretanha. Todos foram colocados sob sanções internacio­nais em virtude das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas de 1970, de 1973 e de 2011.

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