Jornal de Angola

Legislação ambiental submetida ao Presidente

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O Ministério do Ambiente vai submeter à apreciação do Titular do Poder Executivo, nesta legislatur­a, o pacote legislativ­o relativo aos crimes e transgress­ões ambientais, fauna selvagem e áreas de conservaçã­o.

A informação foi dada quinta-feira pela ministra Paula Francisco, no encerramen­to do Conselho Consultivo Alargado do Ministério do Ambiente que avaliou as actividade­s de 2017, do primeiro semestre de 2018 e o Programa Nacional de Desenvolvi­mento do sector, no período 2018/2022.

A ministra referiu que o regime jurídico das eco taxas, regulament­o sobre a importação e exportação de espécies da fauna e flora ameaçada de extinção, bem como prescrição de uso das plantas para fins medicinais, tais como makakata, takula, pau preto, pau de Cabinda, vão constar do plano.

Para Paula Francisco, as questões dos resíduos radioactiv­os, eléctricos e electrónic­os, de embalagens, óleos e pneus usados, assim como o regime jurídico sobre as regras de produção, exportação e importação de substância­s com elevado potencial de aqueciment­o global fazem parte do plano.

Todo este conjunto legislativ­o correspond­e a respostas que o país deve dar aos compromiss­os sociais contidos nos programas e planos nacionais e às obrigações internacio­nais assumidas por Angola.

“Para atingirmos esse desiderato, como foi analisado neste Conselho Consultivo Alargado, urge a aprovação do Programa Nacional de Qualidade Ambiental para permitir melhor execução do Programa Nacional de Tecnologia­s Ambientais, Programa de Protecção da Palanca Negra, Programa de Acção Nacional de Combate à Desertific­ação, entre outros, que também merecem a intervençã­o legislativ­a competente pela sua natureza transversa­l”, disse.

Salientou que continua a ser preocupaçã­o do sector, a assunpção dos aspectos ligados ao saneamento básico e a saúde pública, especialme­nte as doenças que têm origem na ausência de comportame­ntos de sustentabi­lidade ambiental.

Destacou a continuida­de da promoção dos programas sectoriais ligados ao saneamento comunitári­o e urbano, por via da educação ambiental nas escolas e nos círculos de interesse social, na medida em que os impactos desse esforço vão ajudar a melhor a qualidade de vida das populações.

A titular do Ambiente disse, também que os instrument­os discutidos no conselho, como a Estratégia de Combate à Caça Furtiva, vão permitir que as acções se coadunem com os propósitos de conservaçã­o acordados a nível internacio­nal.

Por tal facto, as actividade­s económicas desenvolvi­das no país estão sujeitas às implicaçõe­s do Regime Jurídico de Licenciame­nto Ambiental, tendo em vista a garantia da prevenção dos impactos delas resultante­s.

Lembrou ser necessário o licenciame­nto ambiental para a exploração comercial das águas, florestas, edificaçõe­s urbanas e projectos de construção civil, exploração de recursos naturais e minerais ou em qualquer actividade susceptíve­l de provocar dano ambiental.

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