NOVO INSTRUTIVO
Banco Nacional facilita aquisição de divisas a importadores e exportadores
O Banco Nacional de Angola (BNA) apresentou ontem, em Luanda, aos empresários importadores e exportadores de mercadorias um novo instrutivo para facilitar a aquisição de divisas, por via de uma carta de crédito dirigida à instituição.
O governador do BNA, José de Lima Massano, explicou que a carta de crédito é o instrumento utilizado no comércio internacional, na aquisição de mercadorias.
“Estamos num exercício de diversificação da nossa economia e das nossas fontes de acesso à moeda estrangeira e essas exportações vão beneficiar o exportador e a economia nacional”, disse o governador do BNA.
José de Lima Massano explicou, no encontro com os empresários, que o novo instrutivo tem como objectivo garantir maior estabilidade macro-económica e fluxo da moeda estrangeira no mercado nacional. “Tivemos um período com inúmeras operações cambiais atrasadas sem capacidade para atender a procura”, disse o governador, para acrescentar que o que se quer é um ambiente mais estável da actividade económica no país.
O governador informou que recentemente se fez um levantamento de processos cambiais de empresas que aguardavam desde finais de 2014 e os números são de grande preocupação. “Estamos a atender, todos os casos, e a nossa expectativa é resolver em definitivo todos os casos até Agosto”, disse, acrescentando que têm dialogado com os parceiros no exterior para proporcionar ao país um novo momento de estabilidade.
Empresários satisfeitos
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, afirmou que o novo instrutivo beneficia os empresários, na medida que as operações cambiais vão ser processadas de forma transparente.
“Esta forma do BNA, de ouvir as preocupações dos empresários, garante uma supervisão directa, activa e mais actuante”, disse, para ressaltar que, apesar da pouca divisa no mercado nacional, as novas medidas vão garantir a criação de uma economia mais eficiente.
José Severino manifestou-se ainda satisfeito com a introdução do novo instrutivo, porque, no seu entender, vai acabar com a existência de empresas que intermediavam o acesso aos cambiais, agravando os custos de importação e exportação de mercadorias de 15 a 20 por cento.
O presidente da Comunidade das Empresas Exportadoras e Internacionalizadas de Angola (CEIA), Agostinho Kapaia, também louvou a iniciativa, que vai gerar maior estabilidade macro-económica e permitir que as empresas contribuam para reduzir a inflação.
O empresário Adérito Areias, da província de Benguela, considerou a medida do BNA positiva, por permitir ultrapassar as dificuldades que as empresas tinham para aceder às divisas junto das instituições bancárias.