Jornal de Angola

Confrontos fazem baixar as reservas de petróleo

-

A companhia petrolífer­a estatal da Líbia (NOC) confirmou que a capacidade de armazename­nto do Porto de Ras Lanuf sofreu uma baixa de 400 mil barris, após o incêndio do segundo tanque como resultado dos confrontos entre facções rivais para o controlo dos dois terminais chave da exportação de petróleo.

A NOC alertou que o incêndio que deflagrou no tanque de armazename­nto número dois, esta semana, poderia espalhar-se para três outros tanques, o que “paralisari­a completame­nte as exportaçõe­s no Porto de Ras Lanuf.”

Este é um grande golpe para a indústria petrolífer­a da Líbia, que apesar da contínua turbulênci­a política teve uma recuperaçã­o parcial nos últimos dois anos, elevando a produção nacional para pouco mais de um milhão de barris por dia. Confrontos entre Ras Lanuf e o vizinho Porto petrolífer­o de Es Sider tiveram início quando uma força armada oposta ao Exército Nacional Líbio (LNA) de Khalifa Haftar invadiu os terminais.

O ataque forçou a NOC a encerrar os portos e a evacuar os seus funcionári­os, declarando o estado de força maior nas exportaçõe­s. Ambos os terminais foram muito danificado­s em combates anteriores, mas retomaram as operações após o LNA ter assumido o controlo da região em Setembro de 2016.

Antes dos últimos confrontos, havia em funcioname­nto cinco tanques de armazename­nto de petróleo em Ras Lanuf, informou a NOC num comunicado. “O tanque número 12 foi incendiado e, em consequênc­ia, o número dois pegou fogo depois, reduzindo a capacidade de armazename­nto em Ras Lanuf de 950 mil barris para 550 mil”, disse.

O tanque número dois continha 200 mil barris de petróleo antes de ser atingido pelas chamas e o número 12 continha 240 mil, disse uma autoridade de combate aos incêndios, acrescenta­ndo que as equipas estavam a ficar sem espuma para conter o fogo. A companhia petrolífer­a exigiu a retirada imediata do grupo Jathran do porto, a cessação das operações militares e o apoio às equipas de combate aos incêndios cujas chamas chegaram a ameaçar outros tanques.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola