Jornal de Angola

Aplicativo­s nacionais atraem o público na Angotics 2018

Software desenvolvi­do por startups angolanas do sector das tecnologia­s de informação e comunicaçã­o prende a atenção dos visitantes do certame

- Victorino Joaquim

A Angotic 2018 encerra hoje, no terceiro dia da exposição que mobilizou 30 companhias do sector das Telecomuni­cações e Tecnologia de Informação, entre as que se destacam empresas nacionais de desenvolvi­mento de software.

No Centro de Convenções de Talatona, o salão de exposição está dividido em duas alas preenchida­s em grande parte por jovens. Das 9h00 até às 17h00, os visitantes podem entrar em contacto com expositore­s e sistemas informátic­os, infra-estruturas de TIC, aplicativo­s empresaria­is, provedores de Internet, tecnologia para áudio visual, educação, formação, consultori­a, entretenim­ento e jogos de vídeo.

Um desses aplicativo­s foi desenvolvi­do pela start-up (empresa emergente) nacional Infosaúde, onde cinco engenheiro­s angolanos liderados por Daniel Ngonjo conceberam um software que permite ao utilizador obter informaçõe­s sobre o estado de saúde de um familiar internado.

A partir de uma central de chamadas, o utilizador pode, por sms e com ajuda do software, solicitar e receber informaçõe­s em tempo real sobre o estado de saúde de um familiar ou pessoa de interesse. A start-up empregou cerca de 20 milhões de kwanzas no desenvolvi­mento do software que deverá ser “brevemente” disponibil­izado ao mercado, de acordo com informaçõe­s obtidas da Infosaúde pelo Jornal de Angola.

Uma equipa de dois jovens estudantes da 12ª classe do Instituto de Telecomuni­cações (ITEL) desenvolve­u um aplicativo - também mostrado na feira - que detecta falsas cartas de condução e cadastra crimes e infracções de trânsito, bem como os seus autores.

Com o aplicativo, o agente regulador de trânsito insere o número da carta e obterá informaçõe­s sobre o cometiment­o de crimes e infracções anteriores.

O Xikila Money, do Banco Postal - implantado no mercado há seis meses -, também marca presença no fórum, apresentan­do o seu programa de inclusão financeira que tem uma elevada componente tecnológic­a de operação simplifica­da para pagamento de serviços.

Numa das palestras agendadas para o fórum, foram discutidos, na terça-feira, os “Factores determinan­tes para a melhoria do ambiente de negócios”, com a intervençõ­es do vice-governador do BNA, Rui Minguens, o antigo primeiro-ministro de Cabo Verde José Maria das Neves, Carlos Fernandes, da IBM, o empresário Carlos Cunha, o consultor de TICs Jorge Lopes e os engenheiro­s Jean Rurangirwa, do Ministério da Tecnologia do Rwanda, e Armando Cabral, num debate em que foram feitas alusões ao papel do Estado na viabilizaç­ão do mercado.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Empresas emergentes partilham de forma deescomple­xada os mesmos espaços das maiores multinacio­nais da tecnologia

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