Jornal de Angola

Trabalhado­res no Bié fazem prova de vida

- Matias da Costa

Pelo menos 1.135 funcionári­os na província do Bié suspensos das folhas de salário serão submetidos à prova de vida. A decisão foi tomada na III Reunião Ordinária do Governo da Província realizada segunda-feira, que orienta às administra­ções municipais e respectivo­s sectores a tratarem do processo administra­tivo.

Do número de funcionári­os suspensos a maior parte, 704 pertence ao sector da Educação.

O delegado provincial das Finanças, ao apresentar o quadro dos desactivad­os, disse que apenas foram levantadas as suspensões dos salários de 231 funcionári­os, dos quais 102 das administra­ções, 64 da Saúde, 57 da Educação e oito do ensino superior.

António Faria realçou que a comissão provincial criada para aferir a questão exige dos funcionári­os suspensos documentaç­ões como a guia de marcha e o termo de início de funções e que só 595 manifestar­am o interesse de o fazer.

Alguns professore­s lesados afirmam que nunca estiveram na posse de tais documentos muito menos consta nos seus processos individuai­s, segundo o delegado das Finanças. António Faria realça que todo o processo com acção litigiosa foi remetido à Comissão Provincial de Inquérito, para resolução do problema.

O director do Gabinete Provincial da Educação declara que do número de professore­s com os salários suspensos, a maior parte está na Educação em “part time” ou com duplo vínculo com o Estado.

Basílio Caetano disse haver uma circular a orientar os professore­s nesta condição a recorrer às escolas onde deram início às actividade­s laborais, de forma a colher informaçõe­s documentai­s.

Segundo o director da Educação, outra discrepânc­ia ao longo de todo o ficheiro prende-se com os professore­s estudantes fora do local de trabalho, sem a licença legal que o permite.

Basílio Caetano aponta 122 professore­s na província do Bié com os salários desactivad­os há mais de dois meses e que ainda não apresentar­am nenhuma contestaçã­o.

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