Jornal de Angola

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ALEMANHA EXPLOSÃO EM EDIFÍCIO FAZ 25 FERIDOS

Um total de 25 pessoas ficaram feridas, das quais quatro em estado grave, devido a uma explosão que destruiu um edifício na cidade de Wuppertal, informou a polícia. Segundo fontes policiais, a explosão destruiu um edifício de apartament­os com vários andares e provocou grande estrondo. O fogo destruiu várias casas e os bombeiros tiveram dificuldad­e em apagar as chamas.

Dos 25 feridos, 21 foram tratados logo no local por equipas de emergência, mas outros sofreram ferimentos graves e foram levados para o hospital. Os bombeiros continuam a investigar as causas do acidente.

VIOLÊNCIA BISPOS PEDEM ELEIÇÕES ANTECIPADA­S NA NICARÁGUA

A Conferênci­a Episcopal da Nicarágua (CEN) pediu ontem ao Presidente Daniel Ortega a antecipaçã­o das eleições gerais para Março de 2019, com vista a colocar fim à onda de violência que já causou 220 mortes. Na carta, os bispos pedem ao Chefe de Estado que “aceite formalment­e” a proposta de antecipar as eleições e a não se recandidat­ar. O Presidente garantiu que vai apreciar a proposta, mas lembrou que a Constituiç­ão do país estabelece que as eleições gerais devem ser disputadas de cinco em cinco anos, e que por esse motivo deverá manter o poder até 2021.

A iniciativa da CEN surge um dia depois de os países membros do Conselho Permanente da Organizaçã­o dos Estados Americanos terem validado o relatório da Comissão Interameri­cana de Direitos Humanos, que aponta para a responsabi­lidade do Governo nicaraguen­se na morte de pelo menos 212 pessoas. O relatório, que não foi subscrito pelo representa­nte da Venezuela, denuncia ainda a prisão por motivos políticos de 507 pessoas e incidentes violentos de responsabi­lidade do Governo do Presidente Daniel Ortega. Os Estados Unidos anunciaram ontem a devolução ao convívio das famílias de 522 crianças imigrantes, que tinham sido separadas dos pais depois de atravessar­em a fronteira com o México.

A medida é a consequênc­ia da ordem executiva do Presidente norte-americano, Donald Trump, assinada na quarta-feira que acaba com a separação das famílias de imigrantes em situação ilegal à chegada aos Estados Unidos.

A ordem prevê que pais e filhos fiquem todos detidos no mesmo espaço e por tempo indetermin­ado. No caso de menores já separados das famílias, a reunificaç­ão depende do resultado do processo de deportação dos pais, diz o novo plano do Governo.

Há duas opções: se um juiz determinar que o pai tem o direito de pedir asilo, as autoridade­s devem entregálo ao filho; mas se, pelo contrário, for decidido que o pai deve ser deportado, então ele só pode voltar a ter a custódia da criança quando estiver prestes a ser expulso dos Estados Unidos.

Actualment­e, os pais estão sob custódia nos centros administra­dos pelo Serviço de Imigração e Alfândega (ICE), enquanto as crianças estão nos abrigos do Departamen­to de Saúde e Serviços Humanos, que tem jurisdição sobre menores imigrantes.

Donald Trump tem recebido duras críticas, até do Partido Republican­o, por ter instaurado uma política de “tolerância zero” que levou à separação de crianças imigrantes dos respectivo­s pais e que, segundo os seus críticos, pretendia dissuadir a imigração de mexicanos para os Estados Unidos da América.

No comunicado divulgado ontem, o Departamen­to de Segurança Interna dos EUA esclarece que, até 20 de Junho, o Departamen­to de Saúde e Serviços Humanos tinha 2.053 crianças sob custódia, embora apenas 17 por cento fossem separadas dos pais, enquanto os restantes correspond­iam a crianças que viajaram sozinhas.

A reunificaç­ão dos 522 menores foi realizada pelos serviços de Alfândega e Protecção das Fronteiras (CBP), agência que processa os indocument­ados que chegam ao país.

O CBP tinha planeado juntar 16 outras crianças com os pais na sexta-feira, mas a reunião foi adiada devido às más condições climatéric­as.

No sábado, Donald Trump regressou ao debate migratório com um polémico discurso em Las Vegas em que garantia que, sem as suas duras políticas migratória­s, "milhões de imigrantes" atravessar­iam ilegalment­e a fronteira com o México.

“Se mostrarmos qualquer fragilidad­e, virão milhões”, assegurou Trump num casino em Las Vegas, onde o público repetia o seu nome e lhe pedia, aos gritos: “Construa o muro!”.

Imagens chocam o país

A pressão sobre o Congresso dos Estados Unidos para impedir que as crianças sem documentos e separadas dos pais presos quando tentam entrar ilegalment­e usando a fronteira com o México aumentou com a divulgação de imagens de jaulas e áudios de meninos a chorar pelos pais. Dentro de um velho armazém no Texas, os pequenos eram mantidos em grandes gaiolas de metal, com cerca de 20 crianças cada.

As imagens mostravam igualmente casos de crianças que acabavam de chegar ao local alguns meses depois da deportação dos familiares.

Num vídeo divulgado nas redes sociais, os activistas e políticos norte-americanos exigiam o fim da detenção dos menores.

As crianças ficavam separadas dos pais numa espécie de gaiola. Trump culpou os democratas pela situação das crianças em abrigos superlotad­os. Segundo ele, isso se deu porque o muro entre os Estados Unidos e o México ainda não foi aprovado pelo Congresso. Isso acabou por causar ainda mais polémica. Até a primeirada­ma Melania Trump condenou a separação familiar.

Donald Trump chegou a dizer que não deixará de cumprir a lei, que determina a prisão pelo crime de entrada ilegal no país.

“Não permitirei que os Estados Unidos se transforme­m num campo de migrantes, nem numa instalação de refugiados”, disse.

Actualment­e os pais estão sob custódia nos centros administra­dos pelos Serviços de Imigração e Alfândega e as crianças nos abrigos do Departamen­to de Saúde e Serviços Humanos

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