Jornal de Angola

Portuguese­s investem na investigaç­ão científica

Durante dez anos de colaboraçã­o foi possível realizar vários estudos científico­s e projectos de sucesso no ramo da saúde

- Alfredo Ferreira | Caxito

O Centro existe desde 2007 e está direcciona­do a estudos no campo, destinados à comunidade científica principalm­ente para o Sistema Nacional de Saúde

O Governo português, por intermédio do Camões-Instituto da Cooperação e da Língua, investiu 11 milhões de dólares para a materializ­ação de vários projectos, entre eles o de saúde, disse na cidade de Caxito, província do Bengo, o vice-presidente daquela instituiçã­o. Ao falar à imprensa, Gonçalo Teles Gomes garantiu continuar a apoiar o Centro de Investigaç­ão em Saúde de Angola (CISA) localizado no Bengo, e explicou que durante dez anos de colaboraçã­o com o centro foi possível realizar diversos projectos, que contribuír­am para o sucesso de vários estudos científico­s, propriamen­te no ramo da saúde. “Neste período, foram investidos em vários projectos 11 milhões de euros, que resultaram em acções positivas, quer do âmbito nacional quer internacio­nal”, esclareceu, para sublinhar que, por este motivo, Portugal vai continuar a cooperar com Angola, não só no ramo da saúde, mas também em outras áreas. O projecto do CISA, disse, constitui prioridade para a instituiçã­o, dependendo da vontade do Governo angolano em poder continuar a colaborar no que toca ao centro. Acompanhad­o do embaixador de Portugal em Angola, João Caetano da Silva, e do vice-governador para a Área Política e Económica, António Martins, Gonçalo Teles Gomes certificou que, com a criação deste projecto foram já formados 30 investigad­ores científico­s que ajudam nos diversos estudos realizados em Angola e, em particular, na província do Bengo.

Além disso, o centro apoia cinco estudantes angolanos que elaboram teses de doutoramen­to em saúde.

O vice-governador para a Área Política e Económica, António Martins, considerou salutar a cooperação existente entre o Centro de Investigaç­ão em Saúde de Angola (CISA) e o Instituto da Cooperação e da Língua (CICL), tendo em conta os benefícios alcançados até aqui. “O projecto tem ajudado o Hospital Geral do Bengo em vários programas de saúde do município e no melhoramen­to da qualidade dos serviços de saúde”.

António Martins reconheceu que com base na parceria são formados técnicos angolanos do Hospital Geral e da Direcção Provincial de Saúde do Bengo, além de agentes comunitári­os a nível de enfermagem e análises clínicas. Tratam-se de cursos de curta duração, mas que têm contribuíd­o muito na capacidade dos mesmos. finalidade a recolha de dados que fornecem informaçõe­s demográfic­as, geográfica­s, de mortalidad­e e morbilidad­e. O centro permite a criação de sistemas de vigilância demográfic­a, de autópsia verbal e de morbilidad­e pediátrica no município do Dande. O Sistema de Vigilância Demográfic­a constitui um grande suporte para a investigaç­ão na área de saúde. É o único em Angola e na África Central.

O Sistema de Vigilância Demográfic­a tem uma cobertura populacion­al média de 60 mil habitantes, numa área de mais de quatro mil quilómetro­s quadrados, que correspond­e a 70 bairros das comunas de Caxito, Úcua e Mabubas.

O Centro de Investigaç­ão em Saúde de Angola existe desde 2007 e está direcciona­do a estudos no campo, destinados à comunidade científica internacio­nal e, principalm­ente, para o Sistema Nacional de Saúde.

Os dados colhidos na investigaç­ão científica ajudam a definir as prioridade­s na execução de políticas. De igual modo servem também de assistênci­a ou apoio ao Hospital Provincial do Bengo, centros e postos de saúde.

O Centro de Investigaç­ão em Saúde de Angola conta com um laboratóri­o e trabalha em colaboraçã­o com o Hospital Geral do Bengo, onde são recolhidas amostras.

Tutelado pelo Ministério da Saúde, até ao momento o centro realizou vários projectos na área de investigaç­ão e desenvolve­u trabalhos nas províncias de Luanda e Benguela.

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ARIMATEIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Autoridade­s portuguesa­s dizem que vão continuar a cooperar com Angola noutros ramos

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