Minusca sem condições para controlar a situação
A Missão da ONU na República Centro Africana (Minusca) está a perder o controlo da situação, numa altura em que as ameaças contra o pessoal de manutenção da paz aumentam, disse no Conselho de Segurança das Nações Unidas o emissário da instituição inter-governamental mundial no país da África Central, Parfait Onanga-Anyanga.
Na capital e no interior do país, o pessoal da Minusca, mormente “militares, agentes da Polícia e civis, continuam a ser os principais alvos dos grupos armados e de outros grupos criminosos, acrescentou o funcionário da ONU. Parfait OnangaAnyanga disse que, por causa da ausência do Estado, os grupos armados e outras facções continuam a influenciar negativamente o curso da vida em vastos territórios do Leste, Centro e Noroeste do país. Ante a degradação da situação, no fim de 2017, o Conselho de Segurança tinha aprovado um reforço de 900 homens para a Minusca, mas nenhum país respondeu ao apelo da ONU.
No seu recente relatório, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, sublinhou que sozinha a Minusca não pode garantir a segurança na RCA, solicitando o apoio das forças governamentais.
Para o embaixador da França na ONU, François Delattre, os grupos armados devem depor as armas sem condições.