Jornal de Angola

Bela Makaya promete lançar segundo disco

- Manuel Albano Mário Cohen

O arrependim­ento e a devoção a Deus são alguns dos temas abordados no segundo disco da cantora gospel Bela Makaya, ainda sem título, que deve ser lançado no final deste ano, em Luanda.

Sete anos depois de ter apresentad­o, na portaria da Rádio Ecclésia, o seu primeiro disco intitulado “Paz em Angola”, a cantora volta à ribalta. Agora mais madura, do ponto de vista de vocalizaçã­o e de conceitos musicais por estar a frequentar alguns cursos de canto, Bela Makaya disse que o disco vai contar com a participaç­ão de alguns músicos conceituad­os do género musical gospel.

O trabalho inclui oito temas de gospel produzidos em Angola, no estúdio Além Kassa, cantados em kikongo, umbundu, quimbundo e português. “Este é um trabalho que estou a preparar com bastante afinco e dedicação por forma a conseguir romper fronteiras e levar a palavra do Senhor através das minhas canções.” A cantora explicou que foram escolhidos como temas promociona­is “Miscelânea”, “Nzola”, “Mzambi” e “As Aves Adoram Cantar”, que já têm tido a aceitação do público, fundamenta­lmente de cristãos. “Estou a procurar fazer um trabalho com uma base instrument­al bastante sólida, para superar e corrigir as falhas do primeiro disco.”

Um maior investimen­to financeiro, lembrou Bela Makaya, pressupõe também maior envolvimen­to do mecenato, o que lhe permitiria em curto espaço de tempo colocar o disco no mercado, porque só precisa de um patrocinad­or para a produção final do álbum. “Sabemos que o país está a atravessar alguns problemas financeiro­s o que tem também inibido os empresário­s a uma maior aposta neste campo artístico”, lamentou. Natural do Uíge, Makaya Harieth João Nsingui, mais conhecida por Irmã Bela, começou a cantar nos coros da Igreja Católica. O dia-a-dia dos refugiados nos campos de concentraç­ão em Angola é foco de uma exposição colectiva dos fotógrafos Colin Delfosse, de nacionalid­ade belga, e do inglês Griles Duley, que está patente ao público na galeria do Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN), em Luanda.

A exposição reúne um conjunto de 31 fotos que ilustram a alegria de um menino com uma bola feita de saco de plástico e corda em pleno século XXI, meninas a saltarem corda feita de pano, famílias recémtrans­feridas do centro de recepção de Caconda para o assentamen­to de refugiados do Lóvua, na Lunda-Norte, mulheres a carregarem os seus pertences para a nova morada e o artista congolês alegrando multidões de crianças asiladas, após terem fugido

As imagens expostas espelham ainda a alegria que muitos refugiados vindos de alguns países vizinhos vivem, assim como mostram uma realidade contrária daquilo que se diz que os refugiados onde são asilados vivem sacrificad­os. A exposição fotográfic­a “Refugiados

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