Mnangagwa acusa grupo ligado a Grace Mugabe
O Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, disse ontem suspeitar que um grupo ligado à ex-primeira dama Grace Mugabe terá estado por detrás do ataque de sábado contra o seu comício, que teria como objectivo matá-lo.
O ataque no final do comício de Mnangagwa em Bulawayo foi o primeiro acto grave de violência no actual período eleitoral, tendo provocado a morte de dois seguranças do Presidente e ferido 40 pessoas.
Em declarações à BBC, Mnangagwa disse suspeitar que o ataque foi perpetrado pelo grupo G40, que apoiou a candidatura de Grace Mugabe à Presidência do Zimbabwe, embora não tenha acusado directamente a mulher do antigo Presidente.
Robert Mugabe foi afastado do poder no ano passado, depois de as forças armadas terem intervindo para impedir Grace Mugabe de suceder ao marido na liderança do país. O partido Zanu-PF, no poder, afastou então Mugabe e substituiuo por Mnangagwa.
Um membro do grupo G40 no exílio, o ex-ministro Jonathan Moyo, negou as acusações de Mnangagwa e escreveu no twitter que a explosão “parece um trabalho interno”.
O ex-governante referese a uma aparente luta pelo poder entre Mnangagwa e o seu “número dois”, Constantino Chiwenga, o antigo chefe do Exército que afastou Mugabe do poder.
Mnangagwa disse ainda que espera que haja detenções em breve, relacionadas com o ataque de sábado. “Não sei se foi um indivíduo – diria que é mais vasto do que uma pessoa. Eu penso que foi um acto político congeminado por algumas pessoas magoadas”, disse.
Apesar da aparente tentativa de homicídio, Mnangagwa disse que não vai haver uma repressão a nível nacional.