Jornal de Angola

Polónia reabre discussão sobre a lei do Holocausto

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O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, anunciou ontem a retomada da discussão sobre a lei do Holocausto, que criminaliz­a quem acusar a Polónia de cumplicida­de nos crimes nazis. As alterações foram aprovadas no Parlamento polaco.

De acordo com o jornal israelita “Haaret”, o pedido de Mateusz Morawiecki ao Parlamento polaco surgiu por este considerar que a lei falhou no objectivo de “defender o nome da Polónia”. A lei, aprovada pelo Parlamento polaco há seis meses e que entrou em vigor no passado mês de Março, criminaliz­ava quem acusar a Polónia ou o povo polaco de cumplicida­de com os crimes perpetrado­s pelos alemães nazis.

Os deputados votaram poucas horas depois do anúncio do primeiro-ministro polaco e, desta feita, ficam sem efeito a pena de prisão previstas para o crime em questão.

A lei proibia ainda a designação de “campos de morte polacos”, em referência aos campos de concentraç­ão nazis estabeleci­dos na Polónia durante a Segunda Guerra Mundial. À luz da lei ainda em vigor, é considerad­a uma ofensa “minimizar a responsabi­lidade dos verdadeiro­s perpetrado­res dos crimes”. Quem violar a lei pode ser punido com uma pena de prisão.

A controvérs­ia instalou-se e a lei causou uma crise diplomátic­a entre a Polónia e Israel. Segundo o “Haaretz”, a decisão do primeiro-ministro polaco, que levou à votação parlamenta­r ontem, surge depois de vários meses de contactos entre os governos de Telavive e Varsóvia.

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DR Morawiecki defende o nome da Polónia contra acusações de ligações aos nazis

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