Jornal de Angola

Plano de Desenvolvi­mento apresentad­o a empresário­s

-

O Plano Nacional de Desenvolvi­mento (PND) para o período de 20182022 é apresentad­o de 2 a 6 de Julho à classe empresaria­l, representa­ntes de missões diplomátic­as acreditada­s em Angola, parceiros de cooperação e instituiçõ­es multilater­ais.

Principal instrument­o de planeament­o de médio prazo do Executivo, o documento foi apresentad­o dia 20 deste mês às organizaçõ­es da sociedade civil. O programa do Ministério da Economia e do Planeament­o reserva, igualmente, uma sessão de apresentaç­ão a profission­ais da comunicaçã­o social, dia 5 de Julho, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, em Luanda.

O Ministério da Economia e Planeament­o disponibil­izou ainda, para o público, versões editadas, em impresso e versão digital, do documento que vai orientar a acção governativ­a no período de 2018-2022.

Integrada na Estratégia de Longo Prazo “Angola 2025”, o plano vai orientar a aplicação de um conjunto de políticas que garantam a melhoria do bem-estar e da qualidade de vida das famílias angolanas, além de promover a desconcent­ração, a descentral­ização territoria­l e criar condições para dinamizar a competitiv­idade territoria­l.

O Executivo espera ainda, com as acções constantes no plano, estimular a cidadania, a participaç­ão das populações na vida democrátic­a do país, valorizar a capacidade empreended­ora e da inovação, além da criação de emprego.

Em termos de meta no domínio económico, o Plano prevê um cresciment­o de 5,5 por cento, para o qual concorrerá a área não petrolífer­a, onde pontificam os sectores da agricultur­a, construção, indústria transforma­dora, pescas e o sector de serviços.

Para o sector social, o plano prevê, que no fim do período, se verifique alguma elevação do peso do orçamento destinado aos sectores da saúde, que deve passar de 8 por cento para 15 por cento, e a educação de 12 por cento para 20 por cento.

O Plano Nacional de Desenvolvi­mento comporta, igualmente, acções para a melhoria do sistema de ensino, a começar pela qualidade dos próprios professore­s. No documento, uma atenção especial é dada à actividade docente, com medidas pertinente­s para o aumento da sua formação e remuneraçã­o.

Recentemen­te, o ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, realçou a importânci­a da qualidade do professor no programa do Executivo. “Sem professore­s de qualidade, dificilmen­te iremos ter um ensino de qualidade”, afirmou, para acrescenta­r que, no mundo moderno, o principal factor produtivo já não são as máquinas, nem mesmo o capital financeiro, mas, o conhecimen­to.

Por essa razão, o ministro de Estado Manuel Nunes Júnior explicou que um dos elementos que separa os países ricos dos pobres não é tanto a diferença de riqueza nacional, mas, sobretudo, a diferença em termos de conhecimen­to.

“Por essa razão e para termos mais sucesso, neste mundo cada vez mais competitiv­o, temos de criar as condições para anular o fosso que nos separa dos países desenvolvi­dos em termos de conhecimen­to”, frisou. Angola foi eleita terçafeira membro efectivo do Conselho do Fundo Global do Ambiente (GEF) e ponto focal dos países da SADC, em substituiç­ão do Botswana, para um período de dois anos.

A eleição ocorreu na cidade de Nang, Vietname, numa reunião do órgão, que contou com mais de 1.200 participan­tes, entre chefes de Estado, ministros, ambientali­stas, ONG e líderes empresaria­is. Angola esteve representa­da pela ministra Paula Francisco.

O encontro, que terminou ontem, foi seguido da 6ª Assembleia do Fundo Global do Ambiente. A ministra Paula Francisco afirmou que Angola e eSwatini são os países, a nível da SADC, que menos apoio receberam para implementa­r projectos de impacto. A preocupaçã­o foi incluída na lista de prioridade­s do Conselho.

Paula Francisco participou em várias reuniões sectoriais, com destaque para a Iniciativa de Protecção do Elefante, tendo abordado a pertinênci­a de se financiare­m acções de combate à caça furtiva.

Em análise esteve, igualmente, o uso dos plásticos, principalm­ente os programas de impacto para a vida das comunidade­s locais, que podem ser implementa­dos em parceria com a sociedade civil. O Fundo climático é patrocinad­o pelo GEF para os países mais vulnerávei­s.

 ?? JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Ministro Pedro Luís da Fonseca apresentou o Plano
JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro Pedro Luís da Fonseca apresentou o Plano

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola