Jornal de Angola

Centros em municípios apoiam pessoas carentes

- César Esteves

O projecto de apoio de acção social que está a ser desenvolvi­do, desde 2014, em seis municípios das províncias do Uíge, Moxico e Bié, permitiu já a abertura de 24 centros de acção social integrado (CASI), que têm a missão de levar os serviços para mais perto do cidadão.

Numa apresentaç­ão ontem aos jornalista­s, o ponto focal do projecto, Ana Teresinha, afirmou que o modelo vai permitir a identifica­ção, pelos próprios municípios, das vulnerabil­idades das suas populações e a consequent­e formação de respostas locais a essas necessidad­es.

Orçado em 32 milhões de euros, o projecto, denominado “Apoio à Protecção Social em Angola (APROSOC), tem como objectivo apoiar as pessoas na condição de maior vulnerabil­idade, além de criar um novo modelo de protecção social de base descentral­izado, no qual a porta de entrada é o Centro de Acção Social Integrada.

Nestes centros é feito o registo e acompanham­ento de casos de pessoas em situação de vulnerabil­idade social, facilitand­o depois o acesso das mesmas a serviços básicos, projectos e programas de ajuda social públicos já disponibil­izados pelo Estado, como os de saúde, educação, registo e justiça.

Irão trabalhar neles técnicos das administra­ções locais, estagiário­s da Acção Social e, como principais actores, e em campo, 120 activistas sociais contratado­s e formados para identifica­r pessoas em situação de vulnerabil­idade (abandono familiar, vítimas de violência doméstica ou sexual, pessoas com deficiênci­a, crianças em conflito com a lei, abandono escolar, entre outros), e encaminhá-las aos serviços adequados para a resolução do seu caso.

São parceiros do projecto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o consórcio de empresas Louis Berger, e a União Europeia, financiado­r do projecto.

Paralelo a este projecto, será também lançado um sistema informátic­o, o Sistema de Informação e Gestão da Acção Social (SIGAS), que junta informaçõe­s sobre as famílias, que serão utilizadas pelo Executivo para a implementa­ção de políticas públicas que objectivam a promoção da melhoria de vida dos agregados familiares.

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