Jornal de Angola

Oposição condiciona participaç­ão no pleito

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A União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS) informaram em Kinshasa que condiciona­m a sua participaç­ão nas próximas eleições gerais à substituiç­ão imediata do seu delegado na CENI e à anulação do voto electrónic­o.

O primeiro partido da oposição congolesa exige também a revisão do ficheiro eleitoral, para eliminar os votantes fictícios, a criação de uma comissão de inquérito independen­te para a gestão dos fundos entregues à CENI. O respeito pelas regras e procedimen­tos em matéria de adjudicaçã­o dos mercados públicos e da gestão dos fundos públicos, é também uma das condições posta pela UDPS.

A organizaçã­o de uma auditoria externa pelo Tribunal de contas da gestão dos fundos alocados nas operações eleitorais, é, igualmente, uma das condições para que aquela formação política participe do próximo pleito.

Na declaração, a UDPS chama a atenção dos congoleses e da comunidade internacio­nal sobre “os graves riscos que pesam sobre o processo eleitoral em curso”.

Recorde-se que sábado, a CENI começou a receber e analisar as candidatur­as dos diversos partidos políticos.

Apesar disso, o opositor congolês Moise Katumbi Chapwe acusou o presidente da CENI, Corneil Nangaa, de estar ao serviço do Presidente Joseph Kabila.

Em entrevista com os internauta­s, realizada via Twitter, Moïse Katumbi afirmou que “Nangaa não quer ser auditado porque está a preparar fraudes”.

O também presidente da plataforma “Ensemble”, anunciou que regressa ao país antes de 8 de Agosto e promete trabalhar com toda gente, caso ganhe a eleição presidenci­al, defendendo ainda uma candidatur­a única, incluindo com Jean-Pierre Bemba.

Quanto às acusações a que é alvo, pensa que não vai ser julgado por causa da instrument­alização da Justiça.

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DR Líder do principal partido da oposição Moise Katumbi

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