Jornal de Angola

China oferece ajuda para abrigar rohingyas

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O Governo da China vai oferecer ajuda humanitári­a ao Bangladesh, visando abrigar e alimentar centenas de milhares de refugiados da minoria muçulmana rohingya, oriundos de Myanmar (antiga Birmânia), anunciou ontem, em Pequim, o ministro chinês dos Negócios Estrangeir­os, Wang Yi.

“Vamos contribuir com mais ajuda humanitári­a, para responder às necessidad­es do Bangladesh”, afirmou, numa conferênci­a de imprensa, após reunir-se com o seu homólogo do Bangladesh, Abul Hassan Mahmood Ali, em Pequim.

Wang Yi disse ainda que Pequim deseja que o repatriame­nto comece o mais depressa possível. Ali afirmou que pediu apoio à China para trazer de volta estas “pessoas desalojada­s para a sua terra natal”, no estado birmanês de Rakhine. Desde Agosto do ano passado, cerca de 700 mil rohingyas chegaram ao Bangladesh fugidos da violência protagoniz­ada pelo Exército da Birmânia, numa campanha que as Nações Unidas e vários países da comunidade internacio­nal descrevem como de “limpeza étnica.”

A China, único apoio internacio­nal da Junta Militar que governou a Birmânia (desde o final dos anos 60 até 2011) e que manteve Suu Kyi 15 anos na prisão, tem protegido o país das críticas da comunidade internacio­nal. Em Novembro passado, vetou um projecto de resolução da ONU que condenava a Birmânia. A China considera aquela questão um assunto interno, causado por “factores religiosos, históricos e nacionais.”

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