Banco privado anuncia elevação do capital social
O Banco de Crédito do Sul (BCS), um dos 30 que operam no país, anunciou ter aumentado o capital social para dez mil milhões de kwanzas numa operação de emissão e subscrição de acções de seis mil milhões realizada a 20 de Junho.
Numa nota de imprensa, o BCS afirma que o aumento coloca o capital social acima das novas exigências do Banco Nacional de Angola (BNA), que, em Março, instruiu os operadores do mercado para elevarem o valor mínimo do capital para 7.500 milhões de kwanzas - três vezes mais do que o limite anterior.
A presidente do conselho de administração refere, na nota, o objectivo de o BCS transformar-se num “banco de referência no país” e que o aumento de capital “evidencia a confiança no trabalho desenvolvido”, face aos indicadores obtidos em 2017.
Maria do Céu Figueira destacou o resultado operacional líquido de 2.839 milhões de kwanzas no ano passado, um índice de rentabilidade dos capitais próprios de 36 por cento, um rácio de eficiência de 40 e de solvabilidade regulamentar de 32, três vezes mais do que o mínimo instituído. O anúncio de aumento de capital surge numa semana marcada pela intervenção, com “medidas de saneamento”, do BNA no Banco Angolano de Negócios e Comércio (BANC), dada a indisponibilidade dos accionistas, para realizar o aumento de capital obrigatório. A intervenção envolveu a destituição do conselho de administração e a nomeação, pelo BNA, de administradores provisórios encarregados de "garantir a protecção dos depositantes e o cumprimento das demais responsabilidades do BANC” e de “assegurar a estabilidade do sistema financeiro nacional.” É a segunda vez que o BNA recorre a uma intervenção deste género, depois do saneamento aplicado em 2015 ao antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA - actual Banco Económico), devido ao elevado volume de crédito malparado.