Angola deve fazer esforços adicionais
A estratégia da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para equilibrar os preços do crude no mercado internacional requer de Angola um esforço que eleve os níveis de produção de 1,5 milhões de barris por dia (bpd) para 1,673, declarou ontem o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos.
Diamantino de Azevedo disse à imprensa, no final do I Conselho Consultivo do pelouro, realizado de quinta-feira até ontem, em Luanda, que, no quadro da estratégia adoptada na reunião ministerial que ocorreu na semana passada em Viena, Áustria, a OPEP pede que os países membros com as maiores quotas baixem a produção, enquanto os outros devem elevá-la.
A quota de produção atribuída pela OPEP a Angola exige um aumento da extracção em mais de 170 mil bpd, o que se torna necessário investimentos, afirmou o ministro em declarações à imprensa, em Viena, que não constitui problema para a indústria petrolífera angolana.
Relativamente à formação de quadros para o sector, um tema debatido durante o Conselho, o governante disse que o sector precisa de mais técnicos de nível básico do que superior, numa abordagem em torno do sector que ocorre pela primeira vez neste sector, que emprega menos de 1,00 por cento da força de trabalho activa, mas gera a maior percentagem do Produto Interno Bruto do país.
A pirâmide de gestão para a indústria petrolífera prevê, para execução das operações, equipas constituídas por um técnico superior, cinco técnicos médios e 15 técnicos básicos. “Temos é que melhorar cada vez mais o nível de qualidade do ensino que já alcançamos no instituto de petróleos em funcionamento, aumentar o nível de capacidade dos docentes e inserir novos cursos”, acrescentou o ministro.
Durante o encontro, os participantes debateram temas como o “Plano de desenvolvimento para o sector dos Recursos Minerais e Petróleos”, “Segurança industrial e ambiente”, analisaram as actividades desenvolvidas em 2017 e perspectivaram as acções para 2018.