Implementado novo sistema de recolha de resíduos sólidos
Projecto do Governo Provincial de Benguela, que adquiriu novos contentores, visa melhorar a qualidade de vida
Vários contentores metálicos para a deposição do lixo estão a ser colocados em todos os pontos chaves das cidades de Benguela, Lobito e Baía Farta, bem como em áreas periféricas, no âmbito de um novo projecto de melhoramento do saneamento básico, denominado”, Benguela Limpa”.
De acordo com o responsável do Saneamento Básico da Administração Municipal de Benguela, Ricardo Lomeia, trata-se de uma acção do Governo da Província que visa combater a degradação do meio ambiente e garantir qualidade de vida à população da região.
O responsável disse ao Jornal de Angola que o processo de reposição dos contentores vai minimizar os elevados custos orçamentais que o Governo Provincial dispende, quando contrata empresas para a recolha e tratamento do lixo. “Em função do volume de lixo produzido no município de Benguela estão também a ser colocadas algumas barcas de cinco metros cúbicos em zonas muito movimentadas para absorção dos resíduos”, disse Ricardo Lomeia.
Consequências
O director do Gabinete Provincial da Saúde, Manuel Cabinda, disse que o deficiente saneamento básico reflectese negativamente na qualidade de vida das populações, traduzindo-se em várias enfermidades e consequentemente muitas mortes.
“A falta de infra-estruturas básicas e de serviços, ocupação anárquica de áreas urbanas e arredores, altas taxas de mortalidade infantil, elevadas quantidades de lixo, falta de água potável são, entre outros males, provocados pela falta do saneamento básico”, disse Manuel Cabinda, especialista em Saúde Pública.
O responsável do sector da Saúde disse que, do ponto de vista estatístico, o quadro aponta que em 2017 a malária foi a principal causa de óbitos no país. “A nível da província de Benguela 375 mil pessoas estiveram afectadas pela malária, das quais 400 pacientes acabaram por morrer”. A cidade do Huambo vai ter um novo Cemitério Municipal, que será construído na localidade do Belém, com uma área de 30 hectares, anunciou ontem o administrador municipal, Victor Tchissingiu.
Duranteacerimóniadeapresentação do empreendimento, Victor Tchissingiu disse que o empreendimento,queseráconstruído no prazo de seis meses, vai ser erguido para desafogar o Cemitério de São Pedro, “que já denota superlotação”.
“O Governo Provincial está a envidar esforços para, a breve trecho, concluir as obras do novo cemitério”, disse Victor Tchissingiu, acrescentado que “neste momento os trabalhos estão a incidir na colocação de lancis, abertura de arruamentos, plantações de árvores, construção da casa de velório , áreas administrativas , capelas , pinturas entre outros serviços”.
O governante disse que a cidade do Huambo tem muitos cemitérios, mas grande parte dos quais estão em degradação. “Enquanto aguardamos pela reabilitação de alguns cemitérios estamos a construir um nos arredores da cidade”.
A Administração Municipal do Huambo já identificou três locais para a substituição provisória dos cemitérios de São Pedro e o do Jongolo de Ngongoinga, cujo processo foi apresentado às autoridades tradicionais da província para o seu parecer.
Fundado em Maio de 1903, o Cemitério de São Pedro, localizado no bairro com o mesmo nome, possui 25 hectares, divididos em talhões e bem assinalados e datados com etiquetas, conforme recomendam os estatutos da arquitectura funerária.
O soba grande do Huambo, Armando Chimuco Chongolola, louvou a iniciativa da Administração Municipal de construir um novo cemitério, devido ao número elevado de mortes que ocorre diariamente na província.
O processo de reposição dos contentores vai minimizar os elevados custos orçamentais que o Governo Provincial dispende, quando contrata empresas para a recolha e tratamento do lixo
Vista parcial da cidade do Huambo, onde o cemitério municipal não tem capacidade de resposta