Gabão quer aderir à iniciativa de conservação do Maiombe

O grau de execução da Iniciativa Transfronteiriça de Conservação da Floresta do Maiombe, um projecto que envolve Angola, República Democrática do Congo e o Congo-Brazzaville, foi analisado quinta-feira, na cidade de Nang, Vietname.

A reunião, que juntou os ministros do Ambiente dos três países, foi realizada à margem da sexta Assembleia do Fundo Global para o Ambiente (GEF).

Os ministros manifestaram a necessidade de restauração, o mais breve possível, da iniciativa, durante o encontro, aberto à participação do ministro do Ambiente do Gabão, que manifestou a vontade de o seu país aderir à iniciativa.

Angola propôs, na qualidade de presidente da iniciativa, uma reunião técnica, na qual vai ser avaliado tudo quanto foi feito até hoje, devendo o relatório a ser elaborado por peritos dos três países ser submetido aos ministros do Ambiente, para estes remeterem à consideração superior, para uma decisão final.

A reunião foi presenciada por representantes do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (UNEP) e da direcção regional da Comissão das Florestas da África Central (COMIFAC), cujas organizações prometeram apoiar os passos que vão ser dados no âmbito da iniciativa.

A parte alvo da iniciativa transfronteiriça de conservação da Floresta de Maiombe tem mais de 290 mil hectares. Desde a assinatura do memorando tripartido, em 2009, foram dados vários passos, como a elaboração de estudos de viabilidade, para o levantamento dos corredores biológicos, e instrumentos jurídicos, que protegem a reserva transfronteiriça do Maiombe, a segunda maior floresta do Mundo, depois do Amazona, na América do Sul.

No âmbito da iniciativa, está previsto o estabelecimento e a conexão das cinco reservas ou parques existentes ao longo da floresta, alimentada pela Bacia do Congo, com árvores acima de 50 metros.

Entre os documentos elaborados pelos três países, pela Organização Mundial para a Conservação da Natureza (UICN) e pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA) estão estudo relacionado com o uso de terras e o seu mapeamento em toda a extensão do Maiombe, as potencialidades ambientais, biológicas de todo o ecossistema e o mapeamento via satélite, para aprofundar o conhecimento da vasta extensão da floresta.