Jornal de Angola

Eliminação da Alemanha e VAR realces da prova

Alemães caíram com dois tentos de Kim Young-gwon e escreveram o pior resultado de sempre

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A eliminação da Alemanha foi a grande sensação da fase de grupos do Mundial de Futebol de 2018, muito marcada pela inédita presença do vídeo - árbitro, que contribuiu para a proliferaç­ão de penáltis e não evitou polémicas.

Cumpridos 48 de 64 jogos, na Rússia, os germânicos, que nunca tinham caído nesta fase, já estão fora, repetindo o 'feito' dos dois últimos campeões em título -a Itália em 2010 e a Espanha em 2014. Foram os únicos favoritos a falhar o 'cut'.

Pela positiva, destaque para o apuramento do Japão, num agrupament­o em que a Polónia não justificou, minimament­e, o estatuto de cabeça de série, caindo após duas jornadas, o que aconteceu, aliás, a muitas outras formações.

Os nipónicos serão os únicos representa­ntes da Ásia nos oitavos de final, fase da prova em que, face ao quase monopólio de Europa (10 selecções) e América do Sul (quatro), só conseguiu lugar mais um 'outsider', o México, que quase não o é, pois, está nesta fase pela sétima edição consecutiv­a.

Os 'aztecas', que começaram com uma sensaciona­l vitória por 1-0 face à Alemanha e depois bateram a Coreia do Sul por 21, acabaram a sofrer, sendo salvos pela Coreia do Sul, que a fechar bateu a 'Mannschaft' por 2-0, enquanto os mexicanos foram derrotados por 3-0 pela Suécia, vencedora surpresa do Grupo F.

Nos restantes agrupament­os, a lógica prevaleceu, mas um outro candidato quase caiu, a vice-campeã em título Argentina, salva no último jogo face à Nigéria (2-1).

Lionel Messi também apareceu, finalmente, no Mundial 2018 nesse encontro, apontando o 100º golo da competição, de pé direito, depois de ter começado a falhar um penálti, que redundou num traumatiza­nte empate com a Islândia (1-1), seguindo-se um 0-3 com a Cróacia, de Modric e Rakitic, que parecia compromete­dor.

Ao contrário do '10' argentino, a outra grande figura individual, o português Cristiano Ronaldo, 'Bola de Ouro' em título, começou em 'grande', com um 'hat-trick' à Espanha, incluindo o livre directo que selou o 3-3 final, aos 88 minutos.

Depois, Ronaldo voltou a marcar face a Marrocos (1-0), para acabar como Messi começou, a falhar uma grande penalidade, face ao Irão (1-1), que quase custou mais caro do que perder o primeiro lugar do Grupo B ao campeão da Europa em título.

A Espanha acabou por vencer o agrupament­o, mas sem convencer, tal como outras equipas que acabaram na frente dos seus grupos, como a França ou a Colômbia.

Melhor, estiveram o Uruguai, única equipa que não sofreu golos, e a Bélgica, ambas com o pleno de nove pontos mas após um último jogo já para 'cumprir calendário', face à Rússia e Inglaterra, respectiva­mente -, também conseguido pela convincent­e Croácia.

Pela positiva, destaque para o apuramento do Japão, num agrupament­o em que a Polónia não justificou, minimament­e, o estatuto de cabeça de série

O Brasil não 'espantou', mas toda a gente viu que o potencial está lá, nos pés de 'mágicos' como Neymar e Philippe Coutinho, ficando à frente de uma Suíça que mostrou como na qualificaç­ão, face a Portugal ser uma equipa com capacidade para surpreende­r.

Entre os que caíram, alguns foram infelizes e ficaram desde cedo afastados, como Marrocos e Peru, e outros lutaram até à final, mas não conseguira­m passar, como o Irão, de Carlos Queiroz, e a Nigéria, que quase eliminaram Portugal e Argentina, e o Senegal, eliminado por ter visto mais dois amarelos do que o Japão.

À parte da qualidade das equipas, muitos jogos ficaram marcados pelo VAR e as mudanças que trouxe, contribuin­do já para um recorde de penáltis marcados, mas muitos com polémica, face aos diferentes critérios adoptados.

O balanço será positivo, mas a verdade é que muitas jogadas idênticas, de bola na mão e mão na bola e puxões na área em jogadas de bola parada, tiveram decisões diferentes.

Agora, nos jogos a eliminar, as decisões poderão ter ainda mais peso, sendo que o futuro do VAR passará muito, se calhar, pelo que se passar até ao final da prova.

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DR O desespero dos jogadores alemães estampado na foto dispensa comentário­s

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