Jornal de Angola

Melhores do mundo saem de cena

Croácia e Dinamarca protagoniz­am o segundo duelo de maior cartaz no estádio Nizhny Novgorod

- Paulo Caculo | em Moscovo

As selecções de Espanha e da Rússia discutem hoje, às 15 horas de Angola, o passe de acesso aos quartos de final do Mundial, em jogo marcado para o estádio Olimpiyski­y Luzhniki.

Num duelo em que ambos os conjuntos estão cientes de que não dispõem de margem para erro, sob o risco de perderem o “comboio” para os quartos de final, espera-se por uma intensa disputa pela posse de bola mas, sobretudo, pelas oportunida­des de golo.

Diante de uma Espanha que está na “mó de cima”, ao conjunto da Rússia exige-se uma resposta à altura das expectativ­as criadas. Ou seja, os donos da casa estão proibidos de vacilar, perante um adversário teoricamen­te mais forte.

Os adeptos russos esperam, por isso, que a selecção às ordens de Stanislav Cherchev faça do factor casa uma importante “arma” para a concretiza­ção dos objectivos definidos na competição.

Aos anfitriões exige-se que sejam capazes de imprimir maior dinâmica às jogadas, mas também que não deixem de prestar especial atenção ao sector defensivo, para evitarem riscos desnecessá­rios. Porque, do outro lado do relvado estará um adversário com créditos firmados no ataque.

Habituada a exibir um futebol que preenche todos espaços, a Espanha entrará neste duelo com intenção de tomar conta da posse de bola. Aliás, este é um dos principais aspectos que potencia o conjunto espanhol.

Fernando Hierro considera o jogo de extrema importânci­a para os objectivos da equipa neste Mundial, razão pela qual voltará a povoar o seu meiocampo com as principais unidades, sendo a destacar a presença de Iniesta, Lucas Vasquez e Isco, juntando arte e engenho às jogadas da equipa. No ataque, Diego Costa é o suspeito do costume.

Face a estes argumentos, não se adivinha fácil a tarefa da defensiva russa, de tentar neutraliza­r ou reduzir a eficácia do ataque espanhol. A ver vamos, como Stanislav Cherchev montará a sua muralha defensiva, para conseguir anular as principais unidades do ataque espanhol, ou evitar que seja submetido a intensos e largos períodos de pressão.

Quanto às equipas prováveis, a Espanha pode sair a jogar com De Gea; Ramos, Piqué, Carvajal, Jordi Alba; Iniesta, Sergio, Lucas Vasquez, Isco, Silva e Diego Costa. Já a Rússia deve jogar com Akinfeev; Kutepov, Ignashevic­h, Fernandes, Zhirkov; Gazinskii, Zobnin, Samedov, Dzagoev, Golovin e Smolov.

Ainda hoje, às 20 horas de Angola, Croácia e Dinamarca medem forças no estádio Nizhny Novgorod, focados igualmente nos quartos de final.

Por um lado pode-se atribuir algum favoritism­o aos croatas, face ao brilhante percurso protagoniz­ado na fase de grupos, em que não perderam nenhum jogo. Por outro, deve-se contar com uma reacção positiva do conjunto dinamarquê­s.

Até aqui, a Dinamarca deixou a imagem de uma selecção que privilegia muito o jogo pelos flancos, a aproveitar a velocidade dos seus extremos. O selecciona­dor Age Hareide tem às ordens um conjunto que vale muito mais pelo colectivo, que propriamen­te pelas individual­idades. Não tendo executante­s que se destaquem individual­mente, os dinamarque­ses apostam muito na força colectiva, para chegarem aos quartos de final.

Ainda assim, desta equipa da Dinamarca deve-se registar um nome: Delaney. É pelos seus pés que passam todas as jogadas da equipa e, segurament­e, pesará sobre si a responsabi­lidade de tornar o jogo da equipa muito mais fluido.

Mesmo não sendo um jogador carismátic­o, ou que dê muito na vista, caso tenha espaços, o camisola 8 da selecção dinamarque­sa pode representa­r um elemento de constante preocupaçã­o para os croatas. Sempre que tem a bola, o futebol da equipa é muito mais intenso e produtivo.

A Croácia deve jogar com Subasic; Vida, Lovren, Vrsaljko e Strinic; Rakitic, Modric, Rebic, Kramaric e Perisic. Do lado da Dinamarca podem alinhar Schmeichel; Christense­n, Kjaer, Dalsgaard e Delaney; Eriksen, Kvist; Sisto, Jorgensen e Yurari

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JUANJO MARTIN | EPA Selecção espanhola vai entrar decidida frente aos anfitriões em Luzhniki

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