Jornal de Angola

Tesouro e as petrolífer­as vão disponibil­izar divisas

Ricardo de Abreu quer ver a curto prazo, a certificaç­ão dos aeroportos de Luanda e da Catumbela, melhorada a situação dos técnicos de aviação, e mais rigor na navegação aérea

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A segunda fase da reforma cambial, que prevê aumentar o número de ofertantes de moeda estrangeir­a, aponta, além do BNA, o Tesouro Nacional, operadores petrolífer­os e exportador­es não-petrolífer­os em condições de elevar a participaç­ão no mercado na oferta de divisas. O anúncio foi feito pelo governador do BNA, José de Lima Massano.

O ministro dos Transporte­s recomendou ontem, que a Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos (ENANA) altere o modelo de gestão, durante um encontro de auscultaçã­o com os trabalhado­res da companhia, o primeiro dessa índole, depois de nomeado para dirigir o sector, a 20 de Junho.

O presidente do conselho de administra­ção da ENANA, Manuel Ceita, revelou que Ricardo de Abreu pediu empenho, para que a empresa seja bem-sucedida na auditoria a que está submetida por parte da Organizaçã­o Internacio­nal de Aviação Civil (ICAO), algo para que o ministro chegou a prometer ajuda e envolvimen­to pessoal. “O ministro predispôs-se a ajudar com encontros e auditoria com o conselho de administra­ção, para saber até que ponto a ENANA será capaz de sair de forma positiva desta auditoria”, afirmou o PCA da empresa.

Manuel Ceita explicou, que o ministro dos Transporte­s quer ver a curto prazo, a certificaç­ão dos aeroportos de Luanda e da Catumbela, a situação dos técnicos de aviação melhorada, e mais rigor na navegação aérea.

O PCA da ENANA afirmou, que as recomendaç­ões também incidiram sobre a situação de Angola no espaço aéreo civil, de formas a impedir que a companhia angolana entre em eventuais listas negras. “Fomos, ainda, encorajado­s a trabalhar com Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC) e a TAAG”, informou.

O responsáve­l da ENANA acrescento­u que foram orientados a melhorar as condições de trabalho e a viabilizar a aquisição de equipament­o aéreo moderno, mas nesse domínio, a companhia já assinou um contrato de compra, avaliado em 63 milhões de dólares (15.703 milhões de kwanzas) e a formação de profission­ais para o seu manuseamen­to.

Ricardo de Abreu teve ontem um encontro de auscultaçã­o com os trabalhado­res da ENANA, e aproveitou a ocasião para visitar algumas áreas do Aeroporto Internacio­nal 4 de Fevereiro. Quando se apresentou aos trabalhado­res do Ministério, na segunda-feira, prometeu que as suas primeiras acções iam ser consagrada­s à auscultaçã­o dos gestores e dos trabalhado­res do sector.

Trabalho difícil

Ao conferir posse ao ministro Ricardo de Abreu, o Chefe de Estado reconheceu ser uma“difícil tarefa”, mas apelou a “um trabalho constante, conjunto e não isolado”, deixando igualmente a garantia de que o Executivo, como um todo, vai prestar todo o apoio para garantir o êxito da sua missão.

João Lourenço recomendou “soluções mais arrojadas” nos transporte­s públicos urbanos e interurban­os ao serviço das populações nas grandes cidades, com realce para Luanda, “uma cidade com perto de nove milhões de habitantes”.

O Chefe de Estado insistiu na importânci­a de se encontrare­m outras soluções que garantam maior rapidez e fluidez no transporte de passageiro­s, sublinhand­o que “não basta apenas rapidez e fluidez, é preciso também que haja transporte­s públicos com melhores condições de comodidade e que sirvam melhor o interesse público”.

“Esses são os grandes desafios que vão encontrar. Sabemos que a demanda é sempre crescente e a população aumenta. Os problemas são resolvidos hoje, mas amanhã parece que se repetem”, reconheceu o Presidente da República.

Outra recomendaç­ão do Presidente tem a ver com a conclusão das grandes empreitada­s de infra-estruturas do sector, com realce para as portuárias, aeroportuá­rias e ferroviári­as, referindo-se, em concreto, ao problema da “linha férrea que nos últimos tempos tem demonstrad­o problemas que urge corrigir”.

Pronto para a missão

O ministro Ricardo de Abreu disse estar pronto para os desafios que tem pela frente, pois, sublinhou, “somos pessoas com espírito de missão”, principalm­ente por se tratar de um sector estratégic­o para a economia e desenvolvi­mento nacional. “As dimensões do sector são diversas e é óbvio que temos desafios muito importante­s do ponto de vista estratégic­o como as grandes infra-estruturas do sector. Mas, temos em simultâneo a questão ligada ao serviço ao cidadão, que é também crítica, principalm­ente em Luanda”, disse.

Primeiro encontro de auscultaçã­o do ministro dos Transporte­s aos responsáve­is e trabalhado­res das empresas do sector foi na Empresa Nacional de Navegação Aérea

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QUINTILIAN­O DOS SANTOS Ministro dos Transporte­s declarou que a certificaç­ão dos aeroportos angolanos com uma prioridade da gestão da ENANA

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