Jornal de Angola

Renamo pede três meses para reintegraç­ão militar

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O secretário -geral da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (Renamo) defendeu o prazo de três meses, para a reintegraç­ão dos homens armados da sua formação, o maior partido da oposição, nas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

“Esse tempo é suficiente para as regras e princípios a serem seguidos, de acordo com os entendimen­tos já alcançados sejam cumpridos”, disse Manuel Bissopo, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM). O secretário -geral da Renamo falava em Nampula, Norte de Moçambique, onde está a realizar uma visita de trabalho.Para Bissopo, “há vontade dos dois lados” e reafirmou que o principal partido de oposição em Moçambique quer uma paz permanente.

“A Renamo quer que a paz seja para sempre, a intenção é que não exista apenas uma única força com armas, para que não sejam essas a matarnos amanhã”, declarou o também deputado no parlamento moçambican­o, pela Renamo.

Bissopo acrescento­u ainda, que o processo de desmilitar­ização está a decorrer normalment­e, dentro dos acordos entre o falecido líder da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (Renamo), Afonso Dhlakama, e o chefe de Estado, Filipe Nyusi.

“Nós sentimos que temos um grande compromiss­o para com o povo, que é a manutenção da paz”, acrescento­u Bissopo, sem no entanto fazer referência ao impasse no Parlamento, entre o seu partido e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, no que diz respeito ao arranque do debate sobre a revisão da Constituiç­ão para a descentral­ização, uma das principais exigências da Renamo nas negociaçõe­s de paz.

A Assembleia da República travou, na semana passada, a pedido da Frelimo, a realização de uma sessão extraordin­ária marcada para os dias 21 e 22. A Frelimo evocou falta de avanços no processo negocial .

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DR Manuel Bissopo, secretário-geral da Renamo quer mais tempo

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