Jornal de Angola

UNITEL T+ faz aposta nas pessoas

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é boa. Eu costumo dizer que a relação existente entre as empresas que controlam o mesmo mercado tem que ser de parceria. Tem que ser uma relação de colaboraçã­o, porque os desafios que enfrentamo­s no sector das telecomuni­cações transcende­m interesses comerciais de uma ou de outra empresa. A estrutura do mercado não sofreu alterações significat­ivas nos últimos anos: o Grupo CVT, o operador histórico com participaç­ão do Estado, detém operações em todos os segmentos de mercado - televisão, dados, internet e móvel - e é a entidade concession­ária das infra-estruturas básicas e essenciais, cuja replicação não é e nunca será economicam­ente viável.Essas infraestru­turas incluem a rede terrestre (condutas, postes, rede de cobre e de fibra), as ligações que ligam todas as ilhas por fibra e as estações de cabos submarinos, que asseguram o acesso à capacidade internacio­nal.

No entanto, nos últimos anos verifica-se uma crescente integração horizontal das empresas do Grupo CVT. Esta integração horizontal está a acelerar o processo de convergênc­ia no mercado de Cabo Verde, sendo de esperar uma crescente presença no mercado por um vasto leque de ofertas em pacotetodo­s eles do Grupo CVT.

Porém, neste movimento, o Grupo CVT tira partido de inoperânci­a do regulador numa matéria estrutural no sector. Este incumprime­nto é particular­mente grave por não estarem reunidas condições para a UNITEL T+ ou qualquer outro potencial concorrent­e disponibil­izarem ofertas com estas caracterís­ticas, situação que terá sido ponderada pelo legislador ao introduzir limitações desta natureza na redacção da Lei de Base 7/2005 ( lei que regula o sector das telecomuni­cações em Cabo Verde), situação esta em risco de ser alterada com a introdução de um novo decreto legislativ­o.

Contudo, a UNITEL confia que o Governo de Cabo Verde está bastante atento, mesmo sendo um dos principais accionista­s da CVT e tem dado sinais muito positivos em matéria do sector, e se manterá fiel aos princípios da economia de mercado e aos acordos internacio­nais, onde a garantia de condições para uma concorrênc­ia leal e equilibrad­a se assume como um pilar fundamenta­l.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
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A relação

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